Fanatismo.

Encontramos várias vezes no Novo Testamento a menção de um grupo chamado fariseus. Foram muitos os encontros deles com Jesus e com seus discípulos, e normalmente esses encontros não eram tranqüilos. Veja um exemplo: “Ora, vendo isto, os fariseus perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?” (Mt 9. 11). Os fariseus resistiam a Jesus, pois o acusavam de quebrar as Leis de Deus e as tradições dos antepassados.
Ser fariseu nos tempos de Jesus era fazer parte de um grupo de judeus ultraconservadores. Os fariseus observavam os mínimos detalhes da Lei (Antigo Testamento), eram apegados as tradições e aos costumes dos antepassados. Um adjetivo que os descreve bem é inflexíveis. Era um grupo fechado e foram severamente acusados por Jesus de serem falsos e de viver uma religiosidade de aparências:
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia! Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.” (Mt 23. 27-28)
Esse grupo, unido com os saduceus, outro grupo religioso dos judeus, foi responsável pela perseguição a Jesus Cristo, que culminou em sua crucificação.
Na modernidade, fariseu é uma expressão que também significa uma pessoa hipócrita, que vive de aparências, fingida, um religioso que gosta de aparecer, mas não vive o que prega.


Neste mesmo sentido, nosso  Srila Rupa Goswami descreveu em seu Upadesamrta que "Aqueles que seguem as regras e regulações externas simplesmente por segui-las (com fanatismo) incorre em Aparadha, ofensa á adoração á Deus"     Devemos ressaltar que em qualquer religião, as regras externas são seguidas apenas com o propósito de auxiliar na realização interna espiritual do praticante, do contrário não ajudará o praticante e sim o prejudicará no caminho da devoção como foi dito por Jesus e também por Rupa Goswami.

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