Vaishnavismo e Cristianismo

 O Vaishnavismo é uma religião monoteísta e então adora, com base em suas escrituras, um Único Deus Pessoal e Supremo que nos Vedas é chamado de Vishnu (por isso "Vaishna") que é também conhecido como Krishna. Apesar de ser um, Deus possui vários nomes de acordo com suas qualidades e atividades espirituais com Seus devotos. Seus ensinamentos é em sua base, os mesmos do Cristianismo, Islamismo e Judaísmo, contém algumas regras ecódigos de conduta que visam ajudar o praticante a se conectar espiritualmente com Deus em Pessoa de maneira prática e viva, contanto que interiormente manifeste um desejo intenso de amar e servir a Deus de forma honesta e simples. Também ensina que deve-se obter o conhecimento sobre si mesmo, sobre Deus e Suas energias, assim como foi descrito nas escrituras sagradas e também a desapegar-se de tudo que é mundano. Nossa linha, chamada de Goudiya Vaishnavismo, foi inaugurada há apenas 530 anos pelo próprio Senhor Supremo em Sua secreta forma de devoto chamado de Sri Chaitanya Mahaprabhu assim como foi predita em variadas escrituras Védicas. Ele aceitou a sucessão discipular provinda de Brahma, o primeiro ser criado por Deus e então sintetizou os conceitos teológicos dos Mestres Vaishnavas anteriores. Em Sua vida, Sri Chaitanyadev demonstrou a atitude devocional de um devoto puro e todos os sintomas extáticos que o amor a Deus causa no praticante, justo como Santa Teresa e São João da Cruz relatam em seus livros, em uma intensidade ainda maior. Já no SEC 19, foi reformada pelo profeta visionário Srila Bhaktivinod Thakur e propagada por Srila Bhaktissidhanta Saraswati que pediu a Srila Swami Maharaj (Prabhupad) traze-lo ao ocidente e então continuada (a seu próprio pedido) pelo seu amigo Srila Narayan Goswami, que é nosso Mestre Espiritual. Em resumo, é uma religião teísta que tem como objetivo a união espiritual com Deus em amor puro sem que o aspirante perca sua individualidade e potência de amar e viver eternamente com Deus em Pessoa e em felicidade eterna. A principal prática é a oração na forma de canções devocionais, súplicas espirituais como relatada nas escrituras e principalmente o cantar dos nomes do Senhor.

baladev b.



   A seguir um trecho extraído do livro "O Bhagavat" de Srila Bhaktivinod Thakur

  "Nenhum pensamento é inútil. Os pensamentos são meios pelos quais alcançamos nossos objetivos. O leitor que denuncia um mal pensamento não sabe que até mesmo uma má estrada é capaz de melhorar e desembocar em uma boa. Um pensamento é uma estrada que leva a outra. Assim, o leitor observará que um pensamento que está em pauta hoje, será o meio de um objeto subseqüente amanhã. Os pensamentos necessariamente continuarão a ser uma interminável série de meios e objetos no progresso da humanidade. Os grandes reformadores sempre afirmaram que vieram não para destruir a antiga lei, mas para cumpri-la. Valmiki, Vyasa, Platão, Jesus Cristo, Maomé, Confúcio e Chaitanya Mahaprabhu afirmam este fato expressamente ou por suas próprias condutas.
   O Bhagavat assim como todas as obras religiosas e escritos filosóficos dos grandes homens tem sofrido a imprudente conduta dos leitores inúteis e dos críticos estúpidos. O Bhagavat tem sofrido com estas críticas superficiais, tanto na Índia quanto no ocidente. Nós mesmos somos testemunha deste fato. Quando estávamos no colégio lendo os trabalhos filosóficos ocidentais e trocando idéias com os pensadores daquele tempo, nós começamos a ter ódio do Bhagavat. A grande obra literária nos parecia um repositório de idéias dificilmente adaptável para o século 19 e odiávamos escutar qualquer opinião a seu favor. Para nós, um volume de Channing, Parker, Emerson ou Newmen tinha muito mais importância do que todos os milhares de livros Vaishnavas. Estudávamos com entusiasmo a Santa Bíblia e os escritos de Tattva-Bodhini Sabha, que continha partes dos Upanisads e do Vedanta, mas nenhum livro Vaishnava despertava nosso interesse. Mas quando avançamos em idade e nosso sentimento religioso se desenvolveu, nós nos juntamos de maneira unitária em nossas crenças e oramos assim como Jesus orou no jardim. Acidentalmente (ou conseqüentemente) nos deparamos com os escritos do Grande Chaitanya-dev e lendo isto com atenção para saber qual era a histórica posição daquele poderoso gênio de Nadiya, tivemos a oportunidade de estudar seus comentários do Bhagavat que foi dado aos Vedantistas da escola de Benares. O acidental estudo despertou nosso amor por todos os escritos que podíamos encontrar sobre o nosso Salvador oriental. Os comentários que encontramos do Bhagavat eram de um caráter tão charmoso que procuramos uma cópia completa Dele e então o estudamos completamente com a assistência dos famosos comentários de Sridhar Swami. Foi deste estudo que extraímos o entendimento da real doutrina dos Vaishnavas. Oh! Como foi custoso nos desvencilhar dos empecilhos acumulados naqueles anos infrutíferos!
   Até onde podemos entender, nenhum inimigo do Vaishnavismo encontrará qualquer beleza no Bhagavat. O verdadeiro crítico é um julgador generoso, desprovido de pensamentos prejudiciais e espírito partidário. Alguém que é um fervoroso seguidor de Maomé, vai certamente pensar que as doutrinas do novo testamento são uma farsa concedida pelo anjo caído. Um Cristão trinitário por outro lado denunciará os ensinamentos de Maomé como provindo de um reformador ambicioso. A simples razão disto é que o crítico deve ter a mesma disposição mental do autor cujo mérito é requisitado para julgar. Pensamentos possuem diferentes caminhos. Uma pessoa que é treinada nos pensamentos da Sociedade Unitária ou do Vedanta da escola de Benares, vai muito raramente encontrar piedade na fé dos Vaishnavas. Um Vaishnava ignorante por outro lado, cujo negócio é apenas mendigar de porta em porta em nome de Nityananda, não encontrará nenhuma piedade em um Cristão. Isto acontece porque o Vaishnava não pensa da maneira que o Cristão pensa em sua própria religião. Pode ser que o Cristão e o Vaishnava pronunciarão o mesmo sentimento, mas eles nunca cessarão suas brigas um com o outro apenas porque eles chegaram a suas conclusões através de diferentes linhas de pensamentos. Assim uma grande porção de ingenerosidade entra nos argumentos dos piedosos Cristãos quando estabelecem suas imperfeitas opiniões sobre a religião dos Vaishnavas. Qual exemplo poderia ser melhor do que o fato de que o grande filósofo de Benares não encontra nenhuma verdade na universal irmandade do homem e na comum paternidade de Deus? O filósofo, seguindo sua própria forma de pensar nunca poderá ver a beleza da fé Cristã. A maneira que Jesus Cristo pensou em seu próprio Pai era amor absoluto e enquanto o filósofo não adotar esta maneira de pensar ele será sempre deprivado da fé absoluta pregada pelo Salvador do Ocidente. De forma similar, um Cristão precisa adotar a maneira de pensar na qual o Vedantista se baseia antes que ele possa amar as conclusões do filósofo. O crítico deve então ter uma compreensiva, boa, generosa, imparcial e simpática alma."

   
No link a seguir, descreve-se como as religiões teístas, Vaishnavas e Abraahmicas são similares em seus conceitos e ensinamentos.


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