“Que
tipo de coisa é isso O Bhagavat?”, pergunta o cavalheiro europeu que
recentemente chegou a Índia. Seu amigo lhe diz com um olhar sereno que o
Bhagavat é um livro, o qual seu amigo de Orissa recita diariamente à
noite para alguns ouvintes. Isto é composto de gírias não-inteligentes e
uma literatura selvagem daqueles homens que pintam seus
narizes com um pouco de barro ou sândalo e colocam colares de contas ao
redor do pescoço procurando salvação para si próprio. Um outro amigo
que viajou um pouco pelo interior, iria imediatamente contradizê-lo e
falaria que o Bhagavat é um trabalho Sânscrito clamado por uma classe de
homens, os Goswamis, que outorgam mantras ao povo comum da Bengala
assim como o papa faz na Itália, e perdoa seus pecados sob o pagamento
em forma de ouro para manter suas despesas sociais. Um terceiro
cavalheiro repetirá uma terceira explicação. Um jovem Bengali, educado
nos pensamentos e idéias inglesas e completamente ignorante sobre a
história Pre-Muçulmana do seu próprio país irá adicionar uma outra
explicação dizendo que o Bhagavat é um livro formado pela história da
vida de Krishna, que era um homem ambicioso e imoral! Isto é tudo que
ele pôde absorver da sua avó nos tempos em que ainda não ia á escola!
Assim, o grandioso Bhagavat sempre permanece desconhecido dos
estrangeiros assim como o elefante cego de seis que agarra várias partes do
corpo de um outro animal. Porém a Verdade é eterna e nunca é manchada, a não ser
por enquanto, pela ignorância.
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