Love for Humanity?

[...] Neither God nor a bhakta ever love human beings as such. You better leave this sentimental nonsense to others who want to flatter man and his vanity. There is no passage in the Shastrams that is about "man". It is about the atma under the human covering, whom the bhaktas bestow Grace by giving him bhakti through the words of the Shastrams.

The Shastrams teach the atma's principal responsibilty for his own destiny and reject the idea of a God who becomes sentimental due to the different sufferings of man and the creatures in general. God's goodness does not consist in confirming man in his erroneous conception that he is meant to be happy or unhappy but to make clear to him – through the Shastrams – that man, woman, animal, plant, etc., is misunderstanding and ignorance. After all, man is only a transition, an intermediate stage.

It is not the endeavour to attain knowledge of the atma that brings about auspiciousness, but serving Love of God. The tragedy of the atma begins with his turning away from God. This is the tragedy that concerns all living beings in the universe, not only man. But it is only when the atma receives the covering in the form of a human frame, and only then that he can tread the path of serving God for the sake of His joy. In the course of the cycle of births and rebirths it is very rare that the atma receives the human frame and it is only in this frame the atma receives the boat that can cross the ocean of ignorance – with the guru as helmsman and bhakti as favourable wind.

To believe in the existence of GOD and what the Shastrams say about Him is no qualification for the path of bhakti. There is only one criterion of being eligible or not: a firm confidence followed by the firm resolve to act accordingly – that the meaning of life is to serve Bhagavan, to serve with the purpose of serving for His sake, serving as the means and goal, quite regardless of one's own happiness. To be turned towards God with the intention to serve – that He is the centre and focus of all thoughts and actions, this is the true emancipation from the real bondage of selfishness, to be a slave of one's own desires. It does not matter in which corner of the universe or under what circumstances the bhakta has to serve God, he is happy whenever he receives the greatest Grace and compassion, which consists in the ability to think, feel, live and die for His sake. [...]

Svami Sadananda Dasa, Corrections

The Railway Station by Swami Sadananda Das.

The Railway Station


[…] There are people who walk around at the railway station without a ticket and the intention to take a train – such whose only interest is to see what is there. There are many who treat religion in this way.
Others take a seat in the next train, without a ticket, without knowing where the train is heading – people who walk a path with blind faith.
Others walk only a part of every path, and then they turn back again.
Others talk others into believing that only their train is the right one, and only their ticket is the true one.
Others say that it that doesn’t make any difference which train one takes – all trains have the same goal.

People don’t understand that there are many paths and many different ways of realization of Bhagavan’s nature, and that every path, every ticket and every train lead to a certain mode of Bhagavan’s nature, His being.
There is taratamyam, different modes of intensity and extensiveness, and a great variety, vaicitrita or vaicitryam, in Bhagavan Himself, and accordingly in the atmas of the bhaktas, jnanis etc.; and in the nature of their sadhanam, i.e., their individual way of approaching Bhagavan.

Now – it is not only so that each and everyone considers his own way of serving Bhagavan to be the best, but Bhagavan loves each and everyone the most – if he only wants seva, to serve correctly.
This is something which no other being than Bhagavan can do – to love everyone the most, but since everyone only knows his own special approach, he knows that his service gives Bhagavan joy. There is neither contest, envy nor ogling at what others do there.
The atma is anu, i.e., infinitesimal. He can only know and serve Bhagavan in one way. […]

Svami Sadananda Dasa, letter

O perigo do pré-julgamento.



Daksha não pôde reconhecer o Senhor Shiva como um devoto do mais alto calibre. Ao ver que Shiva usava ganja, se cobria com cinza de crematório, tinha uma cobra enrolada no pescoço e bebia veneno, ele logo deduziu (especulou) que o maior Vaishnava- Shivaji era simplesmente uma pessoa louca. Devido á esta ofensa, Parvati (Sati) suicidou-se e por isso Shiva ficou irado, cortou a cabeça de Daksha e instalou uma de bode em seu lugar.
Gadadhara Pandit realizou o passatempo onde ao ver o Vaishnava puro Pundarika Vidyanidhi cercado de mulheres o abanando, sentado em um trono dourado, vestido com roupas caras e fumando uma ruka muçulmana, ele pensou se tratar de um desfrutador. No dia seguinte, a mando de Sri Chaitanya-dev, Gadadhar Pandit voltou até Pundarika e viu como ele desmaiou ao chão em êxtase ao escutar um verso do Bhagavat e o aceitou como Guru, se redimindo da ofensa do dia anterior.
O líder dos mayavadis em Varanasi, Prakasananda Saraswati, ao ver Sri Chaitanya-dev cantando Hare Krsna maha mantra em êxtase, chorando, caindo ao chão e rolando na poeira dos pés dos Vaishnavas, pensou se tratar de mais um fanático sentimentalista. Sri Chaitanya foi até a assembléia dos mayavadis e o líder Prakasananda o levou até o centro e perguntou: "Ó, vemos que você apenas canta hare krsna, como um fanático sentimentalista, você deveria estudar o Vedanta como nós. Um sanyassi não deve fazer isto?" Mahaprabhu disse: "Ô, meu Gurudev me deu um mantra e disse apenas que eu o cantasse dia e noite. Cantando este mantra fiquei louco e me esqueço de qualquer outra coisa." Continuando a discussão, Mayavadi Prakasananda tentou estabelecer a doutrina mayavada dando referências escriturais, que Sri Chaitanya mahaprabhu refutou uma por uma até que Prakasananda e todos os seus 10.000 discípulos realizaram que estavam errados ao seguir Shankaracharya e que Mahaprabhu estava certo ao provar que Krishna é Para-Brahma (Deus) e que o cantar dos santos nomes é a única prática autorizada nesta era de kali. Após este incidente, Todos eles cantaram e dançaram em êxtase por toda Varanasi.
É certo que um devoto neófito na grande maioria das vezes, também concluirá que um desfrutador cheio de desejos materiais que se veste com roupas Vaishnavas e canta mantras, seja um Vaishnava puro exaltado e que um Maha Bhagavat Vaishnava que não possui nenhum desejo mundano e está sempre absorto nos passatempos de Radha e Krishna seja na verdade, um farsante. Apenas uma pessoa sincera, avançada e versada na filosofia Vaishnava pode realmente compreender da maneira correta como identificar um verdadeiro devoto.
Porque Sri Krishna inspirou estes passatempos que foram descritos nas escrituras para todos lerem? Porque Deus sendo onisciente e sabendo dos erros cometidos por aqueles que são críticos superficiais e infrutíferos, tentou alertá-los para o perigo do pré-julgamento e do pré-conceito, ensinando através destes fatos históricos que no meio do lixo pode haver um ouro, em um mundo de farsantes e fanáticos pode haver uma alma sincera e espiritualmente séria e avançada. Este foi o motivo Dele ter inspirado estes passatempos á acontecerem na terra.


Gour Hari Bol!!!

Educada civilização ou civil auto-decepção?



Raios de Harmonia – 46
O Jornal da Sri Keshavji Gaudiya Math (B.H)- Fundador Yuga Acharya Sri Srimad Bhaktivedanta Narayan Goswami Maharaj- 31-32259035- nabadvip@gmail.com – Baladev Das 

http://sociedadeinternacionaldebhaktiyoga.blogspot.com.br/

Educada civilização ou desonesta civil-decepção?

   “Cultivaremos nossa sociedade apenas para aqueles que são sinceros e francos. Não manteremos relação com qualquer pessoa que não é assim. Devemos evitar más companhias de todas as maneiras. Somos aconselhados á manter uma distância de cem côvados das espécies de animais que possuem chifres e devemos observar o mesmo cuidado em relação á todas as pessoas falsas”.

Srila Bhaktisiddhanta Saraswati Thakur


Introdução
   Nos tempos atuais, verificamos que o que parece ser uma sociedade civilizada, avançada e educada, é apenas o resultado da Ignorância do povo; tanto daqueles que á governa quanto daqueles que á segue e á respeita como tal. As pessoas dizem que a sociedade está avançando cientifica e tecnologicamente, porém ainda sim as pessoas continuam ficando doentes e morrendo. Elas continuam ficando tristes e decepcionadas mesmo com este dito ‘avanço’. De fato a descoberta da fórmula da bomba atômica e o aumento do uso de redes sociais via internet mostram-se na verdade servir apenas para uma maior destruição dos seres humanos, tanto corpórea quanto mentalmente. Enquanto isso, tudo aquilo que foi vivido e ensinado há milênios atrás por sábios versados na ciência espiritual e também material, por uma sociedade estruturada de acordo com as escrituras sagradas e que foi capaz de construir gigantescos templos e monumentos, é chamada de primitiva e aborígene pelos modernos ‘civilizados’ mesmo apesar do fato de que ainda hoje, eles sejam incapazes de até mesmo descobrir como tudo aquilo foi construído. O que falar da construção espiritual daquele povo de tradição! Ao invés de pesquisarem e aceitarem a filosofia e espiritualidade deste povo capaz de construir templos gigantescos há milênios atrás, eles simplesmente dispensaram o néctar e ficaram satisfeitos em pegar pedras preciosas e especiarias para a simples manutenção corpórea e principesca, porque o desejo pelo poder imperial os deixou cegos e ignorantes. Os conceitos desta mesma sociedade criada por estas pessoas tolas é seguido e apreciado hoje pelos ocidentais que possuem a mesma natureza. A seguir, alguns artigos relacionados com o tema desta edição. Esperamos que aqueles que são francos e diretos á apreciem. Gour Hari Bol!!!  
Baladev das brahmachari


Extraído do “Jaiva Dharma” de Srila Bhaktivinod Thakur- Diálogo entre o cidadão do governo muçulmano Digambara e o devoto Vaishnava Advaita das.

Digambara: Civilização significa falar de forma cortêz em uma sociedade civilizada, vestir-se de forma respeitável e prazerosa e comer e conduzir sua vida de maneira que esta não seja repugnante aos outros. Você não faz nenhuma destas coisas.
Advaita Das: Porque você diz isto?
Digambara: Você é distintamente anti-social, pois você não se mistura com os outros. Os Vaishnavas (Devotos de Deus-Vishnu) nunca aprenderam o significado de satisfazer os outros com palavras doces. Tão logo eles vêem alguém, eles logo os dizem para cantar hari-nam (Santo Nome). Porque vocês não têm nenhuma outra discussão civilizada? Qualquer um que vê sua roupa não será inclinado a deixar você se sentar em uma assembléia. Você usa uma tanga, um peculiar tufo de cabelo no topo da sua cabeça, e uma guirlanda de contas sobre seu pescoço. Que tipo de coisa é esta? E você come apenas batatas e raízes. Definitivamente você não é civilizado.
Adwaita das pensou que se ele começasse uma briga e Digambara fosse embora irado, isto seria um grande alívio. Então ele disse: “Faz seu tipo de civilização te dar a oportunidade de obter um destino maior na próxima vida?”
Digambara: Cultura por si só não garante um destino mais elevado na próxima vida, mas como pode uma sociedade ser elevada sem cultura? Se a sociedade é elevada, então pode-se esforçar pelo progresso em outros planetas.
Advaita Das: Irmão, posso falar uma coisa se você não ficar nervoso.
Digambara: Você é meu amigo de infância; eu daria minha vida por você. Como eu não poderia tolerar o que você tem a dizer? Eu gosto de cortesia; mesmo quando eu fico nervoso, minhas palavras permanecem doces. Quanto mais o homem encobre seus sentimentos internos, mais civilizado ele é.
Advaita Das: A vida humana é muito curta e é cheia de perturbações. Nesta breve duração de vida, o único dever da humanidade é adorar Sri Hari (Deus) com simplicidade. Estudar os modos da civilização material e sua cultura serve apenas para enganar a alma. Eu compreendi que a palavra “sabhyata” (civilização) é simplesmente um outro nome de “civil decepção”. O ser humano permanece simples até quando ele adere ao caminho da verdade. Quando ele adota o caminho da desonestidade, ele deseja parecer civilizado e satisfazer os outros com palavras doces, mas internamente ele permanece viciado em decepção e atividades perversas. O que você descreve como sendo civilização, não possui nenhuma boa qualidade, porque veracidade e simplicidade são na verdade as únicas boas qualidades. Nos tempos modernos, civilização passou a ser uma maneira de manter a própria depravação escondida dentro de si mesmo. A palavra “sabhyata” literalmente significa ser aceito para participar de uma assembléia virtuosa. Na verdade, civilização que é livre de pecado e decepção pode apenas ser encontrada dentre os Vaishnavas. Não-Vaishnavas apreciam muito a civilização que é saturada pelo pecado. A civilização da qual você fala não é relacionada com a eterna ocupação da entidade viva (nitya-dharma).
   Se civilização significa adornar-se com roupas elegantes para agradar os outros, então prostitutas seriam mais civilizadas do que você é. A única exigência quanto à vestimenta é que a roupa deve cobrir o corpo, estar limpa e livre de mau cheiro. A comida é impecável quando é pura e nutritiva, mas você se preocupa apenas se é saborosa; você nem mesmo considera se ela é pura ou não. Vinho e carne são naturalmente impuros e uma civilização baseada no consume de tais coisas é simplesmente uma sociedade dedicada ao pecado. O que agora passa com o nome de civilização é a cultura de kali yuga (era atual de duplicidade e hipocrisia)

Digambara: Você se esqueceu da civilização dos imperadores muçulmanos? Basta ver a maneira com que as pessoas se sentam no tribunal de um imperador muçulmano, como eles falam tão adequadamente e com a etiqueta perfeitamente apropriada.
Advaita Das: Isto é apenas conduta mundana. Como é realmente deficiente um homem se ele não condiz com estas formalidades externas? Irmão, você tem trabalhado no governo Muçulmano por tanto tempo que você se tornou parcial á aquele tipo de civilização. Na verdade, a vida humana apenas se torna perfeita se está isenta de pecado. O assim chamado avanço da civilização em kali-yuga simplesmente significa o aumento de atividades pecaminosas; isto não passa de mera hipocrisia.
Digambara: Veja, o homem educado moderno tem concluiu que civilização significa humanismo, e que aqueles que não são civilizados não são seres humanos. Vestir uma mulher de forma atrativa e assim esconder suas falhas é considerado como sendo um sinal de sofisticação.
Advaita Das: Apenas considere se esta idéia é boa ou ruim. Eu vejo que aqueles que você chama de ‘educado’ são meramente bandidos que tem se aproveitado do momento. Tais pessoas são a favor desta civilização enganosa devido ás impressões pecaminosas dos seus corações e também por que eles vêem isto como uma oportunidade para esconder suas falhas. Pode um homem inteligente encontrar felicidade em tal civilização? Somente argumentos vãos e intimidação física podem manter veneração por uma sociedade de malandros.


Artigo escrito por Srila Bhaktisiddhanta Saraswati Thakur

O único dever dos sadhus (santos) é cortar todas as perversas tendências das pessoas. Este é o único desejo natural sem causa de todos os Sadhus. Pessoas mundanas possuem natureza dupla. Elas expressam um tipo de sentimento, mas internamente acalenta propósitos diferentes.
Além do mais eles desejam anunciar esta duplicidade como um sinal de liberação e amor á paz. Aquele que não anseia mostrar qualquer duplicidade é sempre franco e direto, ou em outras palavras, ao exercitar de maneira inequívoca a eterna função da alma, tais pessoas realmente sinceras são chamadas de sectárias e ortodoxas por aqueles que praticam duplicidade. 
   Cultivaremos nossa sociedade apenas para aqueles que são francos. Não manteremos relação com qualquer pessoa que não é assim. Devemos evitar más companhias de todas as maneiras. Somos aconselhados á manter uma distância de cem côvados das espécies de animais que possuem chifres e devemos observar o mesmo cuidado em relação á todas as pessoas falsas.



Carta escrita pelo enviado Inglês á Índia-Lord Macauly


“Viajei de leste á oeste, e de norte ao sul da Índia e não vi sequer um mendigo ou um ladrão, tal é a riqueza que tenho visto neste país. Valores morais muito elevados e pessoas de tal calibre que eu penso que nunca conquistaremos este país á não ser que quebramos a espinha dorsal (a base) desta nação, que é a sua herança espiritual e cultural. Então eu proponho substituir este antigo e ancestral sistema educacional e cultura, porque se os indianos pensar que tudo que vem do ocidente e dos Ingleses é bom e melhor do que o deles, eles perderão sua auto-estima, sua cultura nativa, e então se tornarão justo o que queremos, uma nação realmente dominada”.  (Lord Macauly- Endereçada ao parlamento Inglês em 2 de fev.1835)


Do livro “Mayavada Ki Jivani” de Srila Bhakti Praghyan Keshav Goswami Maharaj

O respeito á vida e tudo que a vida contém em conjunção com compromisso consciente de não violar qualquer forma de vida é um fundamental e primário pré-requisito para a realização espiritual. O desenvolvimento da espécie humana é puramente questão de desenvolvimento da consciência e não depende de qualquer experimento de burocracia tecnológica como muito proclamam.
Qualquer religião, sociedade, cultura ou civilização que não tem pelo menos atingido a plataforma de vegetarianismo como um princípio básico da vida diária, deve ser classificada como sendo pagã, primitiva e extremamente atrasada independentemente de qualquer assim chamado avanços na tecnologia moderna. Energia solar, a qual é limpa, segura e livre para todos, poderia ter sido facilmente aperfeiçoada e fornecida á todos no mundo, por pouco ou nenhum custo, mas ao invés disso, grande, muito grande esforço foi feito para dividir o átomo e então bombas nucleares e energia nuclear foi produzida, a qual é cara, traz poluição e é infinitamente mais complicada e difícilmente processada.
Embora os imperialistas Ingleses tivessem exercido o controle da Índia por muitos séculos, ainda sim o mais baixo varredor de rua Hindu considera o Inglês como um homem intocável e mais baixo que ele.    (Srila Bhakti Praghyan Keshav Goswami Maharaj)

Jay Srila Gurudev!!!

Srila Narayana Maharaja in Placentia 2006- Essential teachings for pure bhakti process.

"O BHAGAVAT- Sua Teologia, Sua ética e sua filosofia" Bhaktivinod Thakur



Introdução

   Este pequeno livro consta de uma palestra sobre o Srimad Bhagavat (Escritura Sagrada e proeminente no Vaishnavismo) concedida por Srila Thakur Bhaktivinode para uma grande congregação constituída de homens cultos e religiosos de várias culturas e nacionalidades, incluindo alguns homens ingleses. Esta palestra aconteceu no ano de 1869 na cidade de Dinajpur (Bengala Ocidental) onde o palestrante e presidente da congregação (Bhaktivinod Thakur) era um ilustre oficial do Governo da Bengala. Ele era creditado como sendo a maior autoridade capaz de explicar o verdadeiro significado do Bhagavat e defender a posição única do mesmo, filosóficamente, éticamente e teológicamente, porque em todos estes aspectos a religião  Gaudiya Vaishnava é baseada no Bhagavat assim como foi propagado por Sri Krishna Chaitanya Mahaprabhu. Sriman Mahaprabhu manifestou este Srimad Bhagavat como sendo uma invencível e imaculada autoridade no estabelecimento da Verdade Absoluta.
   Srila Bhaktivinod Thakur não é um homen mortal e sim o eterno companheiro e o mais amado de Sriman Krishna Chaitanya Mahaprabhu. Sriman Mahaprabhu o enviou a este plano mundano devido a Sua infinita misericórdia com o objetivo de resgatar a humanidade sofredora através da sua conduta divina e transparente. Ele é o mais inteligente expoente dos ensinamentos do Srimad Bhagavat e consequentemente suas palavras carregam uma irresistível convicção na audiência.
   Srila Bhaktivinod Thakur  foi considerado um pioneiro entre os mensageiros de Deus no domínio religioso da Bengala. Esta palestra tem sido uma benção para o público de língua inglesa pois os conduz a entrar de maneira direta e profunda nos segredos do Bhagavat, sem que haja necessidade de aprender o sanscrito e ler os 18.000 versos do Srimad Bhagavat. O Bhagavat explica sobre a eterna religião e permanece único e Supremo como o grande evangelho da igreja Universal e ao mesmo tempo supre o fruto nectáreo da magnificente árvore dos Vedas e do Vedanta para as proeminentes almas afortunadas. Aqueles que são devotados, que possuem uma atenção cuidadosa e um entendimento claro, vão certamente se beneficiar do estudo desta palestra.
   Esta palestra foi primeiramente publicada no século passado. Depois foi novamente impressa em 1936 pelo ilustre sucessor de Srila Bhaktivinod Thakur- Sua Divina Graça Paramahamsa Sri Srimad Bhaktissidhanta Saraswati Goswami Prabhupad, o fundador presidente da grande Missão Gaudiya que propagou os ensinamentos de Srila Thakur. Anos se passaram e sentimos a necessidade de republicar esta rara literatura devocional de utilidade pública.

Calcutta, 7 de junho, 1959                Jagaduddharan Dasadhikary Bhaktibandhab




Na introdução para o seu livro (Krishna Samhita) Thakur Bhaktivinod escreveu o seguinte:

   “Os princípios religiosos ditados por Maomé e Jesus Cristo são similares aos princípios religiosos ditados pelas seitas Vaishnavas. Esta é uma consideração científica das verdades sobre os princípios religiosos. Aqueles que consideram seus próprios princípios religiosos como verdadeira religião e considera que outros princípios religiosos são ireligião ou sub-religião, são incapazes de descobrir a verdade devido ao fato de estarem influenciados pelo preconceito. Na verdade, os princípios religiosos seguidos pelas pessoas em geral difere apenas devido ás diferentes qualificações dos praticantes, porém os princípios religiosos constitucionais de todas as entidades vivas é apenas um. Para as pessoas que são como cisnes, não é apropriado rejeitar os princípios religiosos seguidos pelas pessoas em geral em acordância com sua respectiva situação. Então, com o devido respeito aos princípios religiosos seguidos pelas pessoas em geral, vamos agora discutir os princípios religiosos constitucionais das entidades vivas”.

   “Diferenças que aparecem de acordo com lugares, tempos, línguas, comportamentos, comidas, vestimentas e naturezas de várias comunidades, são incorporadas nas práticas espirituais das pessoas e gradualmente faz com que uma comunidade seja tão completamente diferente da outra que até mesmo a consideração de que todos são seres humanos pode deixar de existir. Devido a estas diferenças há descordâncias, fim do intercâmbio social e brigas até mesmo ao ponto de um matar o outro. Quando a mentalidade de asno se torna proeminente entre os neófitos, eles certamente criam estas coisas. Se os devotos intermediários que possuem mentalidade de cisne tem o desejo de alcançar um nível superior, eles respeitarão as outras práticas e questionarão sobre tópicos elevados.
   Na verdade, contradições aparecem apenas devido a mentalidade de asno. As pessoas que são como cisnes consideram a necessidade de diferentes práticas de acordo com a qualificação de cada um. Assim eles são naturalmente desapegados de brigas sectárias. Se os neófitos e os devotos intermediários se tornassem completamente indiferentes em relação ás contradições encontradas nas diferentes práticas e tentassem avançar mais e mais, eles se tornariam pessoas com mentalidade de cisne (O cisne consegue extrair apenas leite mesmo que este já esteja misturado com a água). Então estes são nossos respeitáveis e queridos amigos. Mesmo que eles aceitem uma particular prática de acordo com as instruções que receberam desde o nascimento ou infância, ainda sim eles sempre permanecerão indiferentes e não-sectários.”

Então, as escrituras sagradas nos dizem que Deus é Um sem que haja outro(s). Não é pelo fato de Deus ser chamado por diferentes nomes (Deus, Alá, Jeová, Vishnu, Krishna etc...) de acordo com as Suas específicas qualidades e a língua regional, que Ele se torna mais de um. Em uma conferência inter-religiosa em Israel no ano de 2006, o Rabino chefe do estado disse: “Sabemos que os verdadeiros Hindus adoram um só Deus e não vários como muitos pensam. Assim como nós, eles são monoteístas e todos nós adoramos este mesmo Deus. Compreender este fato é de extrema importância para que a paz reine entre os povos”.

  
Dedicando ao meu Santo Mestre Espiritual- Sri Srimad Bhaktivedanta Narayan Goswami Maharaj,


Baladev Das Brahmachari

Sumangala Gaura Janmotsava - Belo Horizonte, 16/03/2014                                                                                                          


Início


  Amamos ler um livro que nunca havíamos lido antes. Ficamos ansiosos em obter qualquer informação nele contida. E com tal obtenção feita, nossa curiosidade cessa. Este espírito de estudo prevalece entre um grande número de leitores que são grandes homens em sua própria apreciação, bem como daqueles que lhes são semelhantes. De fato, as maiorias dos leitores são meros repositórios de fatos ou afirmações feitas por outras pessoas. Mas isto não é estudo. O estudante deve ler os fatos visando criar e não com o objetivo de retenção infrutífera. Os estudantes, como satélites, devem refletir qualquer luz que tenham recebido dos autores, e não aprisionar os fatos e pensamentos assim como os magistrados aprisiona os criminosos na cadeia!
O pensamento é progressivo. O pensamento do autor deve progredir no pensamento do leitor na forma de correção ou desenvolvimento. O melhor crítico é aquele que pode mostrar o desenvolvimento subseqüente de um velho pensamento, mas o mero denunciador é inimigo do progresso e conseqüentemente da natureza. “Comece de novo” diz o crítico, porque este material antigo não responde no presente. Deixe que o velho autor seja cremado, pois seu tempo já passou. Estas são as expressões superficiais. Progresso certamente é a lei da natureza e com certeza deve haver correções e desenvolvimento no decorrer do tempo. Mas progresso também significa ir adiante ou elevar-se cada vez mais.
   Agora, se seguimos nosso crítico tolo, seremos obrigados a voltar ao nosso antigo terminal e começar uma nova corrida e depois que corrermos a metade do caminho, outro crítico do seu celeiro lamentará: “Comece de novo, porque pegamos a estrada errada!” Assim nosso estúpido crítico nunca nos permitirá ir adiante por todo o caminho e ver o que há no próximo terminal. Assim pois, o crítico superficial e o leitor infrutífero são dois grandes inimigos do progresso. Devemos nos esquivar deles.                                                                                                                             O verdadeiro e bom crítico por outro lado, aconselha-nos a manter aquilo que já obtivemos e ajustar o ângulo da nossa marcha a partir do ponto de onde chegamos. Ele nunca nos aconselhará a voltar ao ponto de onde começamos uma vez que neste caso haveria uma perda infrutífera do nosso precioso tempo e trabalho. Ele orientará o ajuste do ângulo da nossa marcha a partir do ponto onde estamos. Esta também é a característica do estudante útil. Ele lerá um velho autor e encontrará sua posição exata no progresso do pensamento. Ele nunca nos aconselhará a queimar um livro sob alegação de que possui pensamentos inúteis. Nenhum pensamento é inútil. Os pensamentos são meios pelos quais alcançamos nossos objetivos. O leitor que denuncia um mal pensamento não sabe que até mesmo uma má estrada é capaz de melhorar e desembocar em uma boa. Um pensamento é uma estrada que leva a outra. Assim, o leitor observará que um pensamento que está em pauta hoje, será o meio de um objeto subseqüente amanhã. Os pensamentos necessariamente continuarão a ser uma interminável série de meios e objetos no progresso da humanidade. Os grandes reformadores sempre afirmaram que vieram não para destruir a antiga lei, mas para cumpri-la. Valmiki, Vyasa, Platão, Jesus Cristo, Maomé, Confúcio e Chaitanya Mahaprabhu afirmam este fato expressamente ou por suas próprias condutas.