Um verdadeiro espiritualista vê suas próprias misérias mundanas como doenças físicas ou deficiência financeira como misericórdia de Deus. Isso é porque ele sabe que dentro do corpo existe a alma e que, com isso, ele tem a oportunidade de experienciar a realidade vacilante do corpo e de tudo aquilo que é material para então fazer com que suas práticas de orações de tornem ainda mais intensas e que ele fique cada vez mais rendido ao Senhor, o que, por fim, lhe trará bem aventurança sem igual. Ele vê nisso uma dádiva que o Senhor lhe concede para que ele não caia mais nas garras das ilusões dos prazeres mundanos e também compreende que felicidade constante-eterna só pode ser obtida ao lado de Deus- na Sua morada, possuindo um corpo espiritual. O materialista pode questionar que quando a velhice chegar, a miséria da dor e da morte virá de qualquer jeito e que porque não seria melhor experimentá-la apenas no momento da morte? O espiritualista responder-lhe-ia que a razão é que no momento da morte já não há tempo para mais nada, nenhum avanço espiritual, nenhum processo de salvação ou aprimoramento do espírito que já está para partir deste mundo, e que por isso, sofrer apenas naquele momento, muitas vezes, na verdade é uma maldição, pois tudo que fez durante aqueles ilusórios e passageiros momentos de aparente conforto mundano pensando apenas em seu próprio desfrute egoísta, virando as costas para Deus, terá que sofrer após deixar o corpo. Vemos também, através das várias histórias contidas nas escrituras, assim como na nossa experiência prática de vida, que aqueles que vivem absortos nos prazeres da carne, sem o mínimo de atitude de serviço para com o Senhor desfrutador de tudo e de todos, não são felizes nem mesmo com todas as facilidades materiais como dinheiro e boa saúde. Percebemos isso facilmente. Por outro lado, os espiritualistas, mesmo que pelos arranjos da providência, possam estar aparentemente sofrendo várias misérias materiais, ainda assim, nota-se claramente que estão sempre auto-satisfeitos e interiormente felizes consigo mesmos, com a vida de devoção que levam. Assim, compreendemos que real sofrimento, é aquele que provém do espírito, e não da carne e dos objetos sensoriais. Embora muitos não compreendam essa realidade, ou até debocham ou maltratam tais espiritualistas, ainda assim, eles sentem tal compaixão por aqueles que sofrem que jamais se cansam de vez e outra, alertá-los para esta realidade absoluta, que é a eterna conexão que a alma naturalmente possui pela Super-alma que é Deus em Pessoa e que descobrindo este tesouro escondido dentro deles mesmos, eles também podem ser felizes, independentemente das circunstâncias mundanas nas quais se encontram.
baladev das
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