No calendário Gaudiya Vaishnava, o mês que vai de outubro até novembro é o período mais sagrado, pois qualquer serviço devocional feito neste mês é muito mais poderoso e valioso do que qualquer outro dia de qualquer outro mês do ano. Várias datas importantes se encontram dentro deste mês, aparecimento e desaparecimento de vários Acharyas, Gopastami, Govardhan-puja, Diwali, ap.do Sri Radha-kunda, todos ocorreram neste mesmo mês. Deixamos de comer vários alimentos neste mês, como tomate, feijão, mel, pepino, berinjela, gergelim. Este mês é chamado de Damodara ou também Kartika masa e a deidade predominante do mês é a filha de Kirtida-devi, Srimati Radhika. Srimati Radhika é a potência de prazer de Deus, Sua mais amada e devotada consorte e o ápice do amor puro á Ele. Ao satisfazê-la, Krishna fica satisfeito e ao satisfazer Krishna, Radhika fica satisfeita. Então neste mês adoramos Srimati Radhika e Sri Krishna como Sri Sri Radha Damodara, pois neste período, Krishna (Damodara) se deixou ser amarrado pela corda (amor) de sua mãe Yashoda. Sri Krishna Damodara é o próprio Deus, o mesmo e único Deus de todos, não importando de qual nome o chamamos, Deus nunca deixou de ser um. Ele é universal e único. Porém aqui, em Vrindavan, ocorre uma coisa maravilhosa e inédita. Deus, o criador de tudo e de todos se torna uma simples criança de uma vila de vaqueiros e se deixa ser castigado pela sua doce mãe Yashoda. Deus é não nascido, portanto não tem mãe nem pai, mas aqui, Ele aceita Yashoda como Sua mãe devido ao amor maternal puro (vatsalya-prema) que ela tem por Ele e executa Seus passatempos infantis como se fosse uma criança comum. Escutamos de Srila Gurupadpadma que ao ver seu filho indo de casa em casa roubar os (corações) na forma dos yourgutes, manteigas e leites dos vizinhos e por isto receber tantas reclamações dos mesmos, Yashoda ornamentada com amor maternal decidiu; “Hoje vou preparar um yourgute tão saboroso que meu Krishna jamais roubará nada mais dos vizinhos”. Neste dia como de costume, ao acordar bem cedo, ela foi preparar o leite para Krishna, com as duas mãos segurando uma corda entrelaçada no pote com leite e o batendo até virar ficar pastoso e saboroso, ela, meditando em Krishna, cantava suavemente;“Govinda Damodara Madhaveti, Govinda Damodara Madhaveti” completamente absorta em amor maternal puro por Krishna. Porém após um tempo em transe, ela percebeu que Krishna estava roubando todos os potes já prontos e estava distribuindo tudo aos macacos da vila. Ela não pôde tolerar isto e pensou: “Oh. Este menino não pode continuar fazendo isto. Todos os dias recebo reclamações dele e se quando ele crescer se tornar um mau caráter, também serei culpada por isto, melhor corrigi-lo agora.” Yashoda então pegou sua vara para punir Sri Krishna, que correu fugindo de sua mãe. Yashoda correu atrás dele muito tempo, por várias horas e estava esgotada. Seu cabelo havia se desmanchado todo, ela estava suando muito, sua roupa encharcada, suas pernas já não se aguentavam em pé. Vendo todo o esforço de sua mãe para pegá-lo, O Senhor Supremo se deixou ser pego por ela, pelo amor dela por ele. Á não ser pelo amor, dedicação, fé e devoção, ninguém pode ‘amarrar’ Deus dentro do seu próprio coração. Vendo a atitude de sua mãe, Sri Krishna ficou comovido e mãe Yashoda então pegou uma corda bem grande para amarra-lo á um pilão bem grande e deixa-lo de castigo por um tempo. Aqui, vemos uma coisa extraordinária. O próprio Deus em pessoa, Senhor Supremo criador de todos os seres, criador do universo e bem querente de todos, está chorando como um bebê e orando pela misericórdia da Sua mãe. Em nenhum outro lugar ou livro, encontramos tamanha intimidade entre Deus e seu devoto(a). É claro que para muitos isto ainda é incompreensível e inimaginável, porém em Vrindavan isto é possível. Alí, Deus se torna o centro amoroso de todos sem nenhum sentimento de devoção regulado por regras ou temor, sem nenhum conhecimento de que ele é Deus ou qualquer relação parecida. Ali, Ele é apenas o mais amado da vila, a doce criança amada de sua Mãe Yashoda e o ladrão de manteiga, ladrão dos corações de todos (Hari). Porém, já com a corda e o pilão, Yashoda percebeu que ficava sempre faltando dois dedos de corda para poder amarra-lo completamente. Ela pegava mais e mais corda para suplantar estes dois dedos, porém ainda sim, milagrosamente sempre faltavam os dois dedos de corda para amarra-lo. Porque? Krishna queria ensinar ao mundo, que duas coisas são necessárias para aqueles que querem ‘amarra-lo’ dentro do próprio coração; 1- dedicação intensa em seu serviço amoroso, e 2- a misericórdia dos Seus devotos puros. Á não ser que uma pessoa seja dedicada completamente ao serviço amoroso á Deus e receba a misericórdia de um de seus devotos puros, ninguém poderá ver Deus face a face. O que dizer de amarra-lo em seu coração? Impossível. Deus não é tão fácil assim de ser obtido, como comprar um doce na esquina e comê-lo. É apenas com dedicação sincera, atitude de serviço e prática devocional sob a guia de um guia e guardião que já estabeleceu esta conexão íntima com Deus, que alguém pode conseguir tal feito. Então, neste mês, comemoramos e adoramos este passatempo performado por Deus em sua forma de uma simples criança com sua mãe Yashoda. Procuramos escutar, ler e cantar também sobre os passatempos Dele com Srimati Radhika, cujo amor por Ele é inigualável, especialmente quando Ele, controlado por ela, á serve humilde e obedientemente. A ideia é que neste específico e mais auspicioso mês o devoto tente empregar todos os seus sentidos no serviço a Sri Radha-Krishna durante todo o tempo e ore apenas para que Ele possa roubar também o seu coração para que possa absorve-Lo continuamente em Seu serviço e então obter amor puro por Sri Sri Radha-Krishna e mais nada além disso.
varam deva moksam na moksavadhim va
na canyam vrne ‘ham varesad apiha
idam te vapur natha gopala-balam
sada me manasy avirastam kim anyaih
(Damodarastakam)
Ó Senhor, mesmo que sabendo que você é capaz de conceder todos os tipos de bênçãos, eu não oro á você por liberação, nem pela vida eterna em Vaikuntha, nem por nenhuma outra coisa. Meu único desejo é que Seus passatempos infantis possam aparecer constantemente na minha mente. Ó Senhor, eu não quero nem mesmo sua forma como Paramatma. Eu simplesmente desejo que Seus passatempos infantis manifestem em meu coração.
namas te ‘stu damne sphurad-dipti-dhamne
tvadiyodarayatha visvasya dhamne
namo radhikayai tvadiya-priyayai
namo ‘nanta-lilaya devaya tubhyam
Ó Senhor Damodara, primeiramente ofereço minhas reverências à refulgente corda que amarra seu estômago. Então ofereço minhas reverências ao seu estômago que é a morada de todo o universo. Eu humildemente me curvo a Sua mais amada Srimati Radhika e ofereço reverências a Você, que performa Seus ilimitados e doces passatempos.
baladev das
No calendário Gaudiya Vaishnava, o mês que vai de outubro até novembro é o período mais sagrado, pois qualquer serviço devocional feito neste mês é muito mais poderoso e valioso do que qualquer outro dia de qualquer outro mês do ano. Várias datas importantes se encontram dentro deste mês, aparecimento e desaparecimento de vários Acharyas, Gopastami, Govardhan-puja, Diwali, ap.do Sri Radha-kunda, todos ocorreram neste mesmo mês. Deixamos de comer vários alimentos neste mês, como tomate, feijão, mel, pepino, berinjela, gergelim. Este mês é chamado de Damodara ou também Kartika masa e a deidade predominante do mês é a filha de Kirtida-devi, Srimati Radhika. Srimati Radhika é a potência de prazer de Deus, Sua mais amada e devotada consorte e o ápice do amor puro á Ele. Ao satisfazê-la, Krishna fica satisfeito e ao satisfazer Krishna, Radhika fica satisfeita. Então neste mês adoramos Srimati Radhika e Sri Krishna como Sri Sri Radha Damodara, pois neste período, Krishna (Damodara) se deixou ser amarrado pela corda (amor) de sua mãe Yashoda. Sri Krishna Damodara é o próprio Deus, o mesmo e único Deus de todos, não importando de qual nome o chamamos, Deus nunca deixou de ser um. Ele é universal e único. Porém aqui, em Vrindavan, ocorre uma coisa maravilhosa e inédita. Deus, o criador de tudo e de todos se torna uma simples criança de uma vila de vaqueiros e se deixa ser castigado pela sua doce mãe Yashoda. Deus é não nascido, portanto não tem mãe nem pai, mas aqui, Ele aceita Yashoda como Sua mãe devido ao amor maternal puro (vatsalya-prema) que ela tem por Ele e executa Seus passatempos infantis como se fosse uma criança comum. Escutamos de Srila Gurupadpadma que ao ver seu filho indo de casa em casa roubar os (corações) na forma dos yourgutes, manteigas e leites dos vizinhos e por isto receber tantas reclamações dos mesmos, Yashoda ornamentada com amor maternal decidiu; “Hoje vou preparar um yourgute tão saboroso que meu Krishna jamais roubará nada mais dos vizinhos”. Neste dia como de costume, ao acordar bem cedo, ela foi preparar o leite para Krishna, com as duas mãos segurando uma corda entrelaçada no pote com leite e o batendo até virar ficar pastoso e saboroso, ela, meditando em Krishna, cantava suavemente;“Govinda Damodara Madhaveti, Govinda Damodara Madhaveti” completamente absorta em amor maternal puro por Krishna. Porém após um tempo em transe, ela percebeu que Krishna estava roubando todos os potes já prontos e estava distribuindo tudo aos macacos da vila. Ela não pôde tolerar isto e pensou: “Oh. Este menino não pode continuar fazendo isto. Todos os dias recebo reclamações dele e se quando ele crescer se tornar um mau caráter, também serei culpada por isto, melhor corrigi-lo agora.” Yashoda então pegou sua vara para punir Sri Krishna, que correu fugindo de sua mãe. Yashoda correu atrás dele muito tempo, por várias horas e estava esgotada. Seu cabelo havia se desmanchado todo, ela estava suando muito, sua roupa encharcada, suas pernas já não se aguentavam em pé. Vendo todo o esforço de sua mãe para pegá-lo, O Senhor Supremo se deixou ser pego por ela, pelo amor dela por ele. Á não ser pelo amor, dedicação, fé e devoção, ninguém pode ‘amarrar’ Deus dentro do seu próprio coração. Vendo a atitude de sua mãe, Sri Krishna ficou comovido e mãe Yashoda então pegou uma corda bem grande para amarra-lo á um pilão bem grande e deixa-lo de castigo por um tempo. Aqui, vemos uma coisa extraordinária. O próprio Deus em pessoa, Senhor Supremo criador de todos os seres, criador do universo e bem querente de todos, está chorando como um bebê e orando pela misericórdia da Sua mãe. Em nenhum outro lugar ou livro, encontramos tamanha intimidade entre Deus e seu devoto(a). É claro que para muitos isto ainda é incompreensível e inimaginável, porém em Vrindavan isto é possível. Alí, Deus se torna o centro amoroso de todos sem nenhum sentimento de devoção regulado por regras ou temor, sem nenhum conhecimento de que ele é Deus ou qualquer relação parecida. Ali, Ele é apenas o mais amado da vila, a doce criança amada de sua Mãe Yashoda e o ladrão de manteiga, ladrão dos corações de todos (Hari). Porém, já com a corda e o pilão, Yashoda percebeu que ficava sempre faltando dois dedos de corda para poder amarra-lo completamente. Ela pegava mais e mais corda para suplantar estes dois dedos, porém ainda sim, milagrosamente sempre faltavam os dois dedos de corda para amarra-lo. Porque? Krishna queria ensinar ao mundo, que duas coisas são necessárias para aqueles que querem ‘amarra-lo’ dentro do próprio coração; 1- dedicação intensa em seu serviço amoroso, e 2- a misericórdia dos Seus devotos puros. Á não ser que uma pessoa seja dedicada completamente ao serviço amoroso á Deus e receba a misericórdia de um de seus devotos puros, ninguém poderá ver Deus face a face. O que dizer de amarra-lo em seu coração? Impossível. Deus não é tão fácil assim de ser obtido, como comprar um doce na esquina e comê-lo. É apenas com dedicação sincera, atitude de serviço e prática devocional sob a guia de um guia e guardião que já estabeleceu esta conexão íntima com Deus, que alguém pode conseguir tal feito. Então, neste mês, comemoramos e adoramos este passatempo performado por Deus em sua forma de uma simples criança com sua mãe Yashoda. Procuramos escutar, ler e cantar também sobre os passatempos Dele com Srimati Radhika, cujo amor por Ele é inigualável, especialmente quando Ele, controlado por ela, á serve humilde e obedientemente. A ideia é que neste específico e mais auspicioso mês o devoto tente empregar todos os seus sentidos no serviço a Sri Radha-Krishna durante todo o tempo e ore apenas para que Ele possa roubar também o seu coração para que possa absorve-Lo continuamente em Seu serviço e então obter amor puro por Sri Sri Radha-Krishna e mais nada além disso.
varam deva moksam na moksavadhim va
na canyam vrne ‘ham varesad apiha
idam te vapur natha gopala-balam
sada me manasy avirastam kim anyaih
na canyam vrne ‘ham varesad apiha
idam te vapur natha gopala-balam
sada me manasy avirastam kim anyaih
(Damodarastakam)
Ó Senhor, mesmo que sabendo que você é capaz de conceder todos os tipos de bênçãos, eu não oro á você por liberação, nem pela vida eterna em Vaikuntha, nem por nenhuma outra coisa. Meu único desejo é que Seus passatempos infantis possam aparecer constantemente na minha mente. Ó Senhor, eu não quero nem mesmo sua forma como Paramatma. Eu simplesmente desejo que Seus passatempos infantis manifestem em meu coração.
namas te ‘stu damne sphurad-dipti-dhamne
tvadiyodarayatha visvasya dhamne
namo radhikayai tvadiya-priyayai
namo ‘nanta-lilaya devaya tubhyam
tvadiyodarayatha visvasya dhamne
namo radhikayai tvadiya-priyayai
namo ‘nanta-lilaya devaya tubhyam
Ó Senhor Damodara, primeiramente ofereço minhas reverências à refulgente corda que amarra seu estômago. Então ofereço minhas reverências ao seu estômago que é a morada de todo o universo. Eu humildemente me curvo a Sua mais amada Srimati Radhika e ofereço reverências a Você, que performa Seus ilimitados e doces passatempos.
baladev das
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