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Novo Livro- Lançamento- Sri Prema Vivarta
Lançamento
livro "Sri Prema Vivarta" (150 páginas) do associado íntimo de Sri
Chaitanya-dev- Srila Jagadananda Pandit. Primeira vez em português.
Envios a todo Brasil. Gourharibol!!!
Prefácio
Este livro é uma oferenda em forma de oração ao meu mais adorável Mestre Espiritual Om Vishnupad 108 Rupanuga Acharya-varya Sri Srimad Bhaktivedanta Narayan Goswami Maharaj e ao meu Siksha Guru Om Vishnupad 108 Sri Gour Priya Murti Sri Srimad Bhakti Ballabh Tirtha Goswami Maharaj.
Com a misericórdia destas duas personalidades divinas, este livro composto por Srila Jagadananda Pandit, que é um associado íntimo do Senhor Supremo Sri Krishna Chaitanya Mahaprabhu, é apresentado pela primeira vez em português.
Não é possível para mim glorificar o autor desta nectárea obra visto que ele é um eterno companheiro do Senhor e pertence à plataforma transcendental fazendo com que as almas condicionadas possam simplesmente ler, meditar, orar e tentar seguir todas as instruções contidas neste “Prema Vivarta”. Prema significa amor puro e extático por Deus, um sentimento excepcionalmente elevado de devoção e afeição espiritual pelo Senhor e Vivarta significa transformações ou movimento amoroso que se volta contra seu fluido natural. Então “Prema Vivarta” se refere ao tipo de amor profundo que se manifesta de forma aparentemente contrária a seu fluxo natural e que resulta em intermináveis ondas de amor divino no coração do amado e do amante. Embora seja dito que amor puro (prema) deva ser mantido em segredo no próprio coração, Srila Jagadananda Pandit sendo um oceano de misericórdia, expôs seus sentimentos amorosos neste livro visando liberar as almas condicionadas deste mundo ao ajuda-las a compreender o que é amor puro por Deus assim como o processo para se obter isto.
Este livro é glorificado em toda comunidade Gaudiya Vaishnava como uma obra de fundamental importância para os
praticantes da devoção pura na linha de Sri Chaitanya-dev e também contém diversas fundamentais instruções e glorificações sobre o Santo Nome de Deus- que é a principal prática de devoção a Deus na era atual, assim como foi dito pelo próprio Senhor. Também relata como o autor se relacionava com o Senhor- Sri Chaitanya-dev desde sua infância em Sridham Navadwip até Seus últimos dias em Sri Kshetra-dham.
Sobre o mesmo, Srila Guru Pad Padma Sri Srimad Bhaktivedanta Narayan Goswami Maharaj, disse o seguinte:
“Tudo que Sri Jagadananda escreveu é sobre ‘prema vivarta’, os reversos movimentos do amor. Uma pessoa comum não pode compreender este ‘prema vivarta’. Apenas devotos podem compreender isto. A palavra ‘avartana’ significa ‘mover’ ou ‘voltar’, então ‘vivarta’ significa ‘visesa-avarta’- um movimento que é invertido de maneira única. Este é o estado de amor quando ele se volta contra seu fluido natural”.
Minha oração é para que os associados de Mahaprabhu Sri Chaitanya-dev dê a aqueles que possam vir a estudar este livro, o entusiasmo e força devocional necessária para que possamos compreender algo deste que é o objetivo mais sublime da vida de todos os seres vivos, krishna-prema- amor puro por Deus.
Baladev brahmachari
Prefácio
Este livro é uma oferenda em forma de oração ao meu mais adorável Mestre Espiritual Om Vishnupad 108 Rupanuga Acharya-varya Sri Srimad Bhaktivedanta Narayan Goswami Maharaj e ao meu Siksha Guru Om Vishnupad 108 Sri Gour Priya Murti Sri Srimad Bhakti Ballabh Tirtha Goswami Maharaj.
Com a misericórdia destas duas personalidades divinas, este livro composto por Srila Jagadananda Pandit, que é um associado íntimo do Senhor Supremo Sri Krishna Chaitanya Mahaprabhu, é apresentado pela primeira vez em português.
Não é possível para mim glorificar o autor desta nectárea obra visto que ele é um eterno companheiro do Senhor e pertence à plataforma transcendental fazendo com que as almas condicionadas possam simplesmente ler, meditar, orar e tentar seguir todas as instruções contidas neste “Prema Vivarta”. Prema significa amor puro e extático por Deus, um sentimento excepcionalmente elevado de devoção e afeição espiritual pelo Senhor e Vivarta significa transformações ou movimento amoroso que se volta contra seu fluido natural. Então “Prema Vivarta” se refere ao tipo de amor profundo que se manifesta de forma aparentemente contrária a seu fluxo natural e que resulta em intermináveis ondas de amor divino no coração do amado e do amante. Embora seja dito que amor puro (prema) deva ser mantido em segredo no próprio coração, Srila Jagadananda Pandit sendo um oceano de misericórdia, expôs seus sentimentos amorosos neste livro visando liberar as almas condicionadas deste mundo ao ajuda-las a compreender o que é amor puro por Deus assim como o processo para se obter isto.
Este livro é glorificado em toda comunidade Gaudiya Vaishnava como uma obra de fundamental importância para os
praticantes da devoção pura na linha de Sri Chaitanya-dev e também contém diversas fundamentais instruções e glorificações sobre o Santo Nome de Deus- que é a principal prática de devoção a Deus na era atual, assim como foi dito pelo próprio Senhor. Também relata como o autor se relacionava com o Senhor- Sri Chaitanya-dev desde sua infância em Sridham Navadwip até Seus últimos dias em Sri Kshetra-dham.
Sobre o mesmo, Srila Guru Pad Padma Sri Srimad Bhaktivedanta Narayan Goswami Maharaj, disse o seguinte:
“Tudo que Sri Jagadananda escreveu é sobre ‘prema vivarta’, os reversos movimentos do amor. Uma pessoa comum não pode compreender este ‘prema vivarta’. Apenas devotos podem compreender isto. A palavra ‘avartana’ significa ‘mover’ ou ‘voltar’, então ‘vivarta’ significa ‘visesa-avarta’- um movimento que é invertido de maneira única. Este é o estado de amor quando ele se volta contra seu fluido natural”.
Minha oração é para que os associados de Mahaprabhu Sri Chaitanya-dev dê a aqueles que possam vir a estudar este livro, o entusiasmo e força devocional necessária para que possamos compreender algo deste que é o objetivo mais sublime da vida de todos os seres vivos, krishna-prema- amor puro por Deus.
Baladev brahmachari
Biografia de Sri Jagadananda Pandit- Livro Novo
Śrī Prema Vivarta
Divinas transformações de amor espiritual
Śrīla Jagadānanda Pandit
O Autor
Por, Shri Shrimad Bhakti
Ballabh Tirtha Goswami Maharaj
No Shri Chaitanya Bhagavat (2.7.3), Shrila
Vrindavan Thakur escreveu: “Todas as glórias a Gouranga, a vida de Jagadananda
Pandit e Shri Garbha! Todas as glórias á riqueza de Vakreswar Pandit!”.
Apesar de que o lugar e data do nascimento
de Jagadananda Pandit sejam desconhecidos, do Shri Chaitanya Bhagavat ficamos
sabendo que Jagadananda Pandit estava presente em Shrivas Angan e também na
casa de Chandrashekar depois que Mahaprabhu retornou de Gaya e então participou
do movimento de sankirtan desde o
começo.
Jagadananda acompanha o
Senhor até Puri
Dos escritos de Vrindavan Das Thakur,
sabemos que Jagadananda Pandit é um associado eterno do Senhor e participou com
Ele em Seu sankirtan em
Navadwip-lila. Disto podemos pensar que ele nacseu em algum lugar na Bengala.
De acordo com o Chaitanya Bhagavat, Jagadananda Pandit estava no grupo de
devotos que acompanharam Mahaprabhu de Shantipur até Puri depois que Ele tomou sannyas. Com ele, também estavam- Nityananda
Prabhu, Gadadhar Pandit, Mukunda Datta, Govinda e Brahmananda.
Em seu caminho á Puri, quando eles viajavam
através de Atisar, Chatrabhog, Norte de Orissa, Suvarnarekha, Jaleswar, Remuna,
Jajpur, Vaitarani, Cuttack, Sakshi Gopal, Bhubaneswar, Kamalpur e Atharo Nala,
Mahaprabhu ensinou várias coisas sobre como ser imparcial e não desejar coisas
mundanas, e então depender absolutamente do Senhor. Em um lugar chamado Ganga
Ghat, justo após cruzar a fronteira de Orissa, o próprio Mahaprabhu disse a
seus companheiros para esperá-Lo no templo enquanto Ele iria mendigar no
vilarejo. Ele retornou com arroz e vegetais enrolados em sua roupa e os deu
para Jagadananda cozinhar. Quando Jagadananda terminou de preparar o alimento,
Mahaprabhu e Seus companheiros comeram sua preparação com grande deleite.
De acordo com o Chaitanya Bhagavat,
Mahaprabhu entregou sua danda para
Jagadananda carregar enquanto eles andavam. Um dia, Jagadananda entregou a danda a Nityananda Prabhu enquanto ele
coletava alguns alimentos. Nityananda não é diferente de Balaram, então ele
tomou esta oportunidade para quebrar o bastão de Mahaprabhu em três pedaços,
ensinando assim Seus seguidores que eles devem aceitar tridanda, um bastão contendo três bambus que significa a aceitação
do Vaishnav tridandi sannyas.
Jagadananda então pegou o bastão quebrado e o trouxe para Mahaprabhu, que ficou
extremamente infeliz de ter perdido sua única posse. Mahaprabhu disse a Seus
companheiros que desejava viajar sozinho, dando-lhes a chance de escolher-
andar na frente ou atrás Dele. Então, os devotos responderam que iam andar
atrás Dele.
Ainda caminhando na frente dos outros
devotos, Mahaprabhu chegou em Atharo Nala e teve uma visão de Krishna tocando
Sua flauta no topo do templo de Jagannath. Ele correu em direção ao templo e ao
deslumbrar a forma de Jagannath, desmaiou. Sarvabhauma Battacharya O viu e O
levou até sua própria casa onde tomou conta Dele. Nityananda, Jagadananda,
Mukunda e Damodar chegaram ao templo não muito depois. Lá, eles escutaram que o
Senhor estava na casa de Sarvabhauma e imediatamente foram até lá. Este foi o
primeiro encontro entre Jagadananda e Sarvabhauma Battacharya.
Um permanente associado
do Senhor em Puri
Na primeira vez que Mahaprabhu desejou ir a
Vrindavan, Ele foi de Gauda Mandal até Puri. Ele ficou em Vidyanagar por cinco
dias e de lá foi para Kuliya (Koladwip) e passando pelo distrito de Maldah
chegou a Ramakeli onde Se encontrou com Rupa e Sanatan. Nesta ocasião
Jagadananda estava entre os associados de Mahaprabhu, juntamente com
Nityananda, Haridas, Srivas, Gadadhar, Mukunda, Murari e Vakreswar.
Jagadananda Pandit era um permanente
associado do Senhor (Sri Chaitanya) em Puri:
“Gadadhar Pandit, Vakreswar, Damodar,
Shankar, Hari Das, Jagadananda, Bhavananda, Govinda, Kashiswar, Paramananda
Puri e Swarup Damodar, todos vieram e estabelecram residência em Puri. Juntamente
com Ramananda e outros residentes de Shri Kshetra, eles eram companhias
permanentes de Mahaprabhu”
(Chaitanya Charitamrta.
2.1.252-4)
O sentimento devocional amoroso primário de
Jagadananda Pandit era de madhurya-rasa,
o qual era muito satisfatório a Mahaprabhu conquistando assim Seu coração. No
Chaitanya Charitamrta (2.2.78), isto é descrito assim:
“Paramananda Puri tinha afeição paternal por
Mahaprabhu, Roy Ramananda tinha amor fraterno puro (sakhya, assim como madhurya-rasa), Govinda Das tinha amor
como um servente, Gadadhar, Jagadananda e Swarup Damodar O adoravam no êxtase
da relação amorosa chefe- madhurya rasa.
O coração de Mahaprabhu foi conquistado por estas quatro diferentes atitudes
amorosas”.
Pela misericórdia de Mahaprabhu, Sarvabhauma
Battacharya abandonou sua filosofia impessoal mayavada e adotou o caminho da devoção. Ele então teve uma visão de
Mahaprabhu em uma forma de seis braços que o inspirou a compor um poema de cem
versos em sânscrito glorificando o Senhor. Ele escreveu os primeiros dois
versos em uma folha de palmeira e deu isto a Jagadananda para mostrar ao
Senhor. Mukunda Datta estava lá quando Jagadananda veio da casa de Sarvabhauma
carregando Jagannath prasad e a folha
de palmeira. Ele então teve a precaução de copiar os dois versos na parede em
frente à residência do Senhor antes que Jagadananda entrasse para mostra-Lo.
Assim que viu os versos, Mahaprabhu rasgou a folha de palmeira.
Afortunadamente, como resultado da previsão de Mukunda, os devotos se
deleitaram ao ler os versos. A seguir, o conteúdo destes dois versos:
vairagya-vidya-nija-bhakti-yoga-
śikṣārtham ekaḥ puruṣaḥ purāṇaḥ
śrī-kṛṣṇa-caitanya-śarīra-dhārī
kṛpāmbudhir yas tam ahaṁ prapadye
kalan naṣṭaṁ bhakti-yogam nijam yaḥ
prāduṣkartuṁ krsna- caitanya -nama
āvirbhūtas tasya padāravinde
gāḍhaṁ gāḍhaṁ līyatāṁ
citta-bhṛṅgaḥ
“Refugio-me na Suprema Personalidade de Deus, o oceano da misericórdia
transcendental- Shri Krishna, que descendeu na forma do Senhor Chaitanya
Mahaprabhu para nos ensinar desapego, conhecimento real e Seu próprio serviço
devocional”.
Mahaprabhu tomou sannyas no
mês de Magha- (Janeiro-Fevereiro). Ele chegou a Nilachala no mês de Phalgun-
(Fevereiro-Março). No mês de Chaitra (Abril-Maio), Ele converteu Sarvabhauma
Battacharya ao Vaishnavismo. No mês de Vaishakh (Abril-Maio), Ele começou Sua
peregrinação ao sul da Índia.
Quando
Mahaprabhu disse que queria peregrinar sozinho, Nityananda Prabhu tentou
convecê-Lo a levar um acompanhante e sugeriu acompanha-Lo. Então, Mahaprabhu
mostrou grande afeição aos Seus associados (Nityananda, Damodar Brahmachari e
Jagadananda Pandit) ao reclamar e refutar suas companhias. Sobre Jagadananda,
Ele disse:
“Jagadananda quer que eu desfrute da gratificação dos sentidos. Eu tento
fazer tudo que ele me pede porque tenho medo dele. Sempre que faço algo contra
seus desejos, ele fica irado e para de falar comigo por três dias”.
(Chaitanya Charitamrta 2.7.21-22)
Sanatan vai a Puri
Em uma
ocasião, Sanatan Goswami estava vindo de Vraja, e passou por Jharikhanda para
chegar a Puri. No caminho, ele adquiriu bolhas de pus e sangue por todo corpo
ao tomar água impura e jejuar em toda sua jornada. Sanatan ficou extremamente
perturbado pela doença porque sua impureza física faria dele um obstáculo para
os serventes de Jagannath. Pensando sobre esta potencial ofensa, ele decidiu se
jogar debaixo das rodas do carro de Jagannath durante o Ratha Yatra. Sriman
Mahaprabhu, o monitor interno de todas as entidades vivas, sabia da decisão de
Sanatan e então lhe disse: “Você não pode obter Krishna por cometer suicídio.
Você apenas pode obtê-Lo através de bhajan.
Você não tem o direito de destruir o corpo que lhe foi dado para que possa render
serviço”.
Estas
instruções tiveram efeito na mente de Sanatan e ele mudou sua mentalidade. O
Senhor não considera a pureza ou impureza do corpo externo do devoto. Ele é
atraído pela pureza interna do desejo de alguém pelo serviço devocional. Então,
Mahaprabhu não hesitava em abraçar Sanatan vez e outra. Quando ele o abraçava,
o pus que saia das bolhas de Sanatan tocava o corpo do Senhor e isto deixava
Sanatan desconfortável e envergonhado. Sanatan então procurou Jagadananda para
pedir conselho e Jagadananda disse a ele para ir à Vrindavan imediatamente após
o Ratha Yatra. Sanatan pensou que esta era a melhor solução e pediu permissão a
Mahaprabhu. Ao escutar isto, Mahaprabhu ficou irado e reprimiu Jagadananda
dizendo a Sanatan:
“Jagadananda é apenas um novato, um menino. Ainda sim, ele ficou tão
orgulhoso que agora pensa que pode instruir você. Você é Guru dele em todos os
aspectos, materiais e espirituais. Mesmo assim ele vem lhe dar conselhos? Será
que ele sabe sobre si mesmo? Você é meu professor e uma autoridade até mesmo
para Mim, ainda sim ele, como uma criança imprudente, está dando instruções para
alguém tão qualificado como você”.
(Chaitanya Charitamrta 3.4.158-60)
Os
devotos assim como o Senhor ocasionalmente reprimem seus associados íntimos. Se
um devoto é disciplinado pelo Senhor, ele deve considerar isto como sendo sua
grande fortuna. Sanatan viu as críticas de Mahaprabhu á Jagadananda como um
sinal da sua (de Jagadananda) grande fortuna e ao mesmo tempo viu a si mesmo
como sendo desafortunado. Ele disse:
“Você
aceitou Jagadananda como membro do seu círculo íntimo de associados, enquanto
me trata com veneração. Parece-me que você esta lhe dando néctar para beber e um
amargo suco de neem com folhas de tabaco para mim”.
(Chaitanya Charitamrta 3.4.163)
Mesmo
que Mahaprabhu tenha sido vencido desde muito tempo pela devoção de Jagadananda
por Ele, Ele aproveitou esta ocasião para, através de Jagadananda, ensinar o
comportamento Vaishnava apropriado e a importância de oferecer o devido
respeito aos Vaishnavas seniors como Sanatan Goswami. Ele disse:
“Jagadananda não é mais querido a mim do que você, mas eu não posso
tolerar trangressões de comportamento”.
(Chaitanya Charitamrta 3.4.166)
Depois, quando Mahaprabhu falou sobre as glórias dos devotos a Vallabh
Bhatta, Ele disse que qualquer pessoa poderia obter devoção a Krishna através
da associação de pregadores do Santo Nome como Jagadananda Pandit.
Jagadananda como Satyabhama
Jagadananda é também a encarnação de Satyabhama. Então, devido a sua
natureza refratória, ele frequentemente brigava com Mahaprabhu.
“Jagadananda Pandit tinha um profundo amor puro pelo Senhor, como o de
Satyabhama por Krishna. Ele era temperamental e possuia uma natureza vama. Ele repetidamente provocava
discussões amorosas com o Senhor e sempre parecia haver algum tipo de
desentendimento entre eles”.
(Chaitanya Charitamrta 3.7.142-3)
Durante o Chaturmasya-vrat,
todos os devotos vinham encontrar o Senhor em Nilachala apenas retornavam no
final do período dos quatro meses. No mesmo ano que Mahaprabhu disse a
Nityananda para não vir a Puri, Ele também enviou Jagadananda a Nabadwip com
uma mensagem para Sua mãe. Jagadananda relatou tudo que Mahaprabhu disse a ele
sobre o exato momento que Sachi Mata pensou que estivesse sonhando ou tido uma
alucinação onde Mahaprabhu vinha e comia suas oferendas. Quando ela escutou
isto de Jagadananda, Sachi concluiu que estas visitas secretas não eram
simplesmente alucinações, mas de fato, reais. O Senhor realmente veio a
Nabadwip. Quando os outros devotos de Navadwip se encontraram com Seu íntimo
associado- Jagadananda, todos eles ficaram imersos em um oceano de felicidade.
De
Navadwip, Jagadananda foi até a casa de Shivananda Sena, onde coletou uma
perfurmada pasta de óleo de sândalo para massagear a cabeça de Mahaprabhu. Ele
encheu um pote de barro com este óleo, trouxe isto com ele quando voltou a Puri
e então entregou a Govinda- o servente pessoal do Senhor. Govinda disse a Mahaprabhu:
“Jagadananda Pandit trouxe este óleo aromático de Gauda-desh. Se você passar
isto em sua cabeça, isto irá aliviar os sintomas do muco e do ar em seu corpo”.
Com o
objetivo de estabelecer a conduta apropriada para aqueles que estão na ordem
renunciada, Mahaprabhu respondeu: “Sanyassis
são proibidos de usar óleos no corpo. Usar óleos aromáticos é ainda mais
repreensível para eles. Desde que Jagadananda teve o trabalho de trazer este
óleo por todo seu caminho até aqui, você pode dar isto ao templo de Jagannath.
Lá eles poderão usa-lo para ascender às lamparinas para as deidades. Isto fará
com que todo seu trabalho tenha valido a pena”.
Govinda disse a jagadananda da decisão de Mahaprabhu. Jagadananda ficou
enfurecido e parou de falar com o Senhor. Após dez dias, Govinda disse a Mahaprabhu
que Jagadananda ainda deseja que Ele usasse o óleo. Mahaprabhu ficou irado e
para ensinar o mundo todo, disse: “Porque você não contrata um massagista para
me fazer massagem? São estes os prazeres pelos quais tomei a ordem renunciada
da vida? Certamente você irá se divirtir ao ver minha queda. Quando andar pelas
ruas, as pessoas pegarão um pouco do meu perfume e dirão: ’Lá vai o monge
mulherengo’”.
(Chaitanya Charitamrta 3.12.112-4)
Govinda estava perplexo com a ‘tirada’ de Mahaprabhu. Quando Jagadananda
Pandit veio visitar Mahaprabhu na manhã seguinte, o Senhor disse: “Um sanyassi
não deve usar óleos perfumosos. A melhor coisa a se fazer é oferecer isto ao
Senhor para ser usado em Seu serviço”. Jagadananda ficou irado e arrogantemente
replicou: “Quem lhe disse que eu trouxe este óleo comigo por toda viagem vindo
de Gaudadesh? É uma mentira”. Com isto ele quebrou seu jarro de barro arremessando-o
no chão da varanda. Depois disso ele foi até seu quarto, trancou a porta e
deitou-se.
Após
jejuar por três dias, finalmente Mahaprabhu foi apazigua-lo e batendo em sua
porta, gentilmente disse: “Jagadananda! Abre esta porta. Estou indo agora tomar
meu banho e depois vou até o templo ver Jagannath. Quando voltar, tomarei
qualquer comida que você prepare para Mim. Então, comece a cozinhar”.
Devido
ao seu amor pelo Senhor, Jagadananda se levantou imediatamente, tomou banhou e
começou a preparar o almoço do Senhor. Após executar Seus rituais do meio dia,
o Senhor retornou, deixou Jagadananda lavar Seus pés e então se sentou para
comer. Jagadananda serviu (em uma folha de bananeira) um ótimo arroz molhado em
manteiga clarificada, várias preparações de legumes, arroz doce e diferentes
tipos de bolos. Mahaprabhu disse a ele para colocar outra folha de bananeira e enche-la
de comida para que os dois comessem lado a lado. O Senhor levantou Suas mãos ao
ar e se recusou a comer até que Jagadananda se sentasse para comer com Ele.
Finalmente, o orgulho de Jagadananda se quebrou e finalmente concordou em tomar
a prasada do Senhor assim que Ele
terminasse. Enquanto comia, Mahaprabhu glorificou repetidamente a comida que
havia sido cozinhada por Jagadananda em sua ira amorosa.
“Este
é o tipo de néctar que você oferece a Krishna. Quem pode estimar a dimensão da
sua boa fortuna?” (Chaitanya Charitamrta 3.12.133)
Jagadananda continuou servindo mais e mais legumes ao Senhor, que por
medo comeu tudo que Lhe era dado. O Senhor estava temoroso de que se Ele
refutasse até mesmo uma só preparação, Jagadananda iria novamente começar a
jejuar. Após a refeição, Jagadananda deu a Ele alguns temperos aromáticos, pasta
de sândalo e uma guirlanda. Mahaprabhu então insistiu para que ele se sentasse
e tomasse sua refeição em Sua frente. Jagadananda suplicou para que Mahaprabhu
descansasse, pois sabia muito bem de Seus costumes. Jagadananda também pediu
para Ramai e Raghunath Bhatta se se sentarem para tomar prasada porque eles também ajudaram nas preparações dos alimentos.
Ainda sim, Mahaprabhu não estava convencido e disse a Govinda para permanecer
ali e depois avisa-lo logo que Jagadananda terminasse. Porém, Jagadananda imediatamente
disse a Govinda para ir e massagear os pés do Senhor. Após servir prasada a Ramai, Nandai, Govinda e
Raghunath Bhatta, Jagadananda tomou os remanentes do prato de Mahaprabhu.
Quando Mahaprabhu ouviu que Jagadananda comeu, finalmente conseguiu descansar
em paz.
“O
amor de Jagadananda pelo Senhor era justo como as descrições (no Srimad
Bhagavat) do amor de Satyabhama por Krishna. Quem pode descrever o tamanho da
fortuna de Jagadananda? Seu amor é o padrão pelo qual o amor de outros podem ser
comparados. Qualquer pessoa que escuta sobre a relação amorosa (prema-vivarta) entre Jagadananda Pandit
e Shri Chaitanya Mahaprabhu compreenderá as características de prema e obterá a riquesa do amor
puro”. (Chaitanya Charitamrta 3.12.152-4)
Shrila
Bhaktissidhanta Saraswati Goswami Thakur escreveu que as palavras prema vivarta neste verso pode
significar ‘o tipo de confusas transformações de amor’ que Jagadananda mantinha
pelo Senhor como também ‘o livro que Jagadananda escreveu’.
O Senhor dorme na fibra de bananeira
Devido
ao seu intenso sentimento de separação por Krishna, Mahaprabhu começou a
aumentar Suas austeridades. Ele decidiu começar a dormir em uma cama de casca
seca (fibra) da (árvore) bananeira, que causava dor ao pressionar Seus ossos
enquanto dormia. Os devotos estavam muito tristes ao ver o sofrimento do
Senhor. Jagadananda decidiu tomar uma atitude para aliviar a dor do Senhor e
com suas próprias mãos fez uma esteira de algodão e um travesseiro cobrindo-os
com um pano açafroado para o conforto do Senhor. Jagadananda pediu para Govinda
entregar a esteira e o travesseiro ao Senhor enquanto Swarup Damodar o
convenceria a usa-los. Quando chegou o momento do Senhor ir descansar e Ele viu
o travesseiro de algodão, ficou irado. Porém, quando Ele escutou que foi
Jagadananda Pandit que O havia dado, Ele hesitou. O Senhor agiu como se
estivesse irado, “Um colchão e um travesseiro? Porque você não pega logo uma
cama para Mim? Um sanyassi deve
dormir no chão! Jagadananda quer que eu me torne um desfrutador dos sentidos.
Isto é vergonhoso”.
Jagadananda
ficou triste quando ouviu de Swarup Damodar que Mahaprabhu havia rejeitado seu
colchão. Depois, Swarup Damodar espertamente preparou uma esteira feita de
folhas secas de bananeira e o Senhor a aceitou. Isto deixou todos os devotos
satisfeitos, com excessão de Jagadananda.
Mesmo
que não tenha dito nada sobre o assunto, Jagadananda estava irado e perguntou a
Mahaprabhu se ele podia ir a Vrindavan. O Senhor compreendeu a verdadeira razão
da sua insatisfação e disse a ele em tom consolador: “Você está irado e me
culpa por isto. E então você deseja ir a Mathura e se tornar mendigo?”. O
petulante Jagadananda escondeu seus verdadeiros sentimentos e simplesmente
disse: “Eu queria ir a Vrindavan desde muito tempo. Anteriormente você não me
deu permissão, então não pude ir”.
Devido
a Sua afeição por Jagadananda, Mahaprabhu não o permitiria ir, nem mesmo quando
ele requisitou repetidamente. Finalmente, Jagadananda pediu a Swarup Damodar
para interceder por ele e conseguir a permissão do Senhor para ir. Swarup
Damodar foi até Mahaprabhu e disse: “O desejo de Jagadananda de ir a Vrindavan
é muito forte. Acho que seria uma boa Idea se você o enviasse justo como
anteriormente o enviou a Nabadwip com uma maensagem para Sachi Mata”.
Finalmente Mahaprabhu deu permissão a Jagadananda para ir para Vrindavan.
Devido a sua afeição por ele, o Senhor lhe deu instruções elaboradas sobre a
viagem: “Na estrada até Benares não há nenhum problema. Porém, depois de Benares
a estrada é cheia de ladrões, tome cuidado. Você deve levar alguns soldados com
você para sua proteção. Se alguém ver um homen bengali sozinho na estrada, eles
certamente atacam. Quando chegar em Mathura, primeiramente vá e se encontre com
Sanatan. Ofereça seus respeitos aos Chobey brahmanas
de Mathura, mas não associe com eles. Você não conseguirá compreender o
comportamento deles, então os respeite a distãncia. Faça o parikram (peregrinação) de Vraj-mandal
com Sanatan e não deixe de ficar do lado dele nem mesmo por um instante. Não
suba em Govardhan para ver Gopal. Não fique em Vraj por muito tempo. Volte
logo”. (Chaitanya Charitamrta 3.13.39)
Jagadananda reprime Sanatan
Jagadananda ofereceu suas reverências ao Senhor e partiu para Benares a
pé, onde se encontrou com Tapan Mishra e Chandrashekhar. De lá ele foi a Mathura
onde se encontrou com Sanatan Goswami. Sanatan o levou á circuambulação pelas
doze florestas de Vraj e depois permaneceram juntos em Gokul Mahavan por algum
tempo. Sanatan Goswami costumava viver mendigando por um pedaço de pão das
pessoas locais, mas porque Jagadananda não era habituado a viver apenas de
trigo, ele foi até um templo local para cozinhar arroz. Um dia, Jagadananda
convidou Sanatan para comer. Um certo sanyassi chamado Mukunda Saraswati havia
dado uma roupa açafrão para Sanatan, a qual ele usou ao redor de sua cabeça
(turbante). Quando Jagadananda viu isto, ele pensou que o pano tinha sido dado
por Mahaprabhu e então transbordou de amor. Porém, quando soube que aquilo havia
sido dado por outra pessoa, ele ficou tão irado que pegou o pote arroz e estava
prestes a bater em Sanatan. Ele criticou Sanatan:
“Você
é o associado mais importante de Mahaprabhu. Ninguém é mais querido a Ele do
que você. Como alguém poderia tolerar ver você usando um turbante de outro sanyassi ao redor da cabeça?”. Sanatan
respondeu: “Bem dito! É claro, Pandit Mahashay, que você é inigualável em seu
amor pelo Senhor. Eu não poderia aprender esta lição de ninguém mais á não ser
você. Porque apenas você tem tamanha e sólida fé no Senhor, meu propósito ao
colocar este pano ao redor da minha cabeça foi realizado, pois logo que você o
viu, fui capaz de testemunhar as manifestaçõs de seu amor pelo Senhor. Um
Vaishnav não deve vestir roupa vermelha. Vou dar para alguém, pois não preciso
mais disto”.
(Chaitanya Charitamrta 3.13.56-61)
Jagadananda ofereceu a comida que havia cozinhado a Mahaprabhu e então
tomou prasad com Sanatan. Após
associar com Sanatan por dois meses, Jagadananda passou a sentir intensa a
falta de Mahaprabhu e pediu permissão a Sanatan para retornar a Puri. Sanatan
despediu-se dando a ele um pouco da terra do lugar onde Krishna executou Sua
dança de rasa, uma pedra de
Govardhan, uma guirlanda e algumas frutas secas para Mahaprabhu. Jagadananda
estava deleitante para retornar a Puri para rever Mahaprabhu e os devotos. Chegando
lá, Mahaprabhu o abraçou fortemente e ficou extremamente satisfeito com os
presentes enviados por Sanatan.
A mensagem de Adwaita
Mahaprabhu nunca se esqueceu da pura afeição maternal que Sachi Mata
tinha por Ele e todos os anos Ele enviava Jagadananda a Nabadwip com um pedaço
de alguma de suas roupas pessoais. Jagadananda ia e falava com ela sobre o
Senhor e de algum jeito aliviava seu sentimento doloroso da separação de Seu
Filho. Na última vez, ele foi até a casa de Adwaita Acharya e pediu permissão
para retornar a Puri. Adwaita deu uma enigmática mensagem para Jagadananda
entregar a Mahaprabhu que dizia o seguinte:
“Diga
ao Senhor que eu Lhe ofereço milhões de reverências e que eu humildemente Lhe
submeto o seguinte: Diga ao homem louco que todo mundo ficou louco. Diga ao
homem louco que eles não estão mais vendendo arroz no mercado. Diga ao homem
louco que os doidos já não servem para nada. Diga ao homem louco que isto é que
o homem louco disse”.
(Chaitanya Charitamrta 3.19.19-21)
Bhaktivinod Thakur explica este enigma da seguinte maneira:
“Diga
a Mahaprabhu que todo mundo ficou intoxicado de amor por Krishna e então
ninguém mais está comprando o arroz de Krishna-prem no mercado do amor. Diga a Mahaprabhu que o homem louco santo
está tão intoxicado com o amor divino que ele já não está mais envolvido em
seus deveres materiais. Diga a Mahaprabhu que Adwaita disse isto em um estado de
completa intoxicação de amor. Resumindo, a mensagem era que o propósito pelo
qual Adwaita chamou Mahaprabhu á terra, já havia sido concluido. Agora, o
Senhor podia fazer o que desejasse”.
A data
e lugar do desaparecimento de Jagadananda deste mundo é desconhecido.
Universal Verdade Absoluta
Ao meu Mestre Espiritual Santo Om Vishnupad
Paramahamsa Parivrajakacharya-varya Astottarasata Sri Srimad Bhaktivedanta
Narayan Goswami Maharaj, o melhor da décima primeira geração do Bhagavat
Parampara de Sri Chaitanya Mahaprabhu.
Introdução
Primeiramente
ofereço meus ilimitados afetuosos respeitos ao meu Mestre Espiritual Divino Om
Vishnupad Sri Srimad Bhaktivedanta Narayan Goswami Maharaj e à Saraswati Devi.
Sem a misericórdia destas duas
personalidades divinas, este livro não seria compilado para a satisfação do
Senhor Supremo e Seus devotos. Tendo nascido em uma família Cristã,
familiarizado com os ensinamentos de Cristo e depois estudado várias escrituras
Védicas, a ideia de que as religiões embora externamente parecerem diferentes na
verdade propagam a mesma mensagem de diferentes formas de acordo com o nível do
povo para quem foram direcionadas, ficou evidente para mim. Alguns anos atrás,
após ler a introdução de um livro chamado “Krishna samhita” do precursor do
Gaudiya Vaishnavismo nos tempos modernos (religião Monoteísta) que contém
várias informações históricas sobre o mundo antigo e sua cultura, e também o
livro “Mayavada ki jivani” do meu mais adorável avô espiritual Sri Srimad
Bhakti Praghyan Keshav Goswami Maharaj, a necessidade desta compilação que
contém traduções destes dois livros citados se tornou forte dentro de mim.
Que estas duas personalidades santas que inspiraram este trabalho fiquem
satisfeitas com o mesmo. Este livro tem como objetivo evidenciar através das escrituras
juntamente com evidências de linguística, etimologia, história e arqueologia,
que o Senhor Supremo- Deus, o criador de tudo e de todos possui uma forma, ou
seja, é uma Pessoa- a Pessoa Suprema, e também que originalmente o conhecimento
acerca da Sua Divindade era conhecido em todo o mundo que vivia sob uma única
cultura, língua, costumes e religião. Algumas partes dele foram anteriormente
publicadas no jornal “Raios de Harmonia” e então traduzidas por diferentes
pessoas de vários países, que posteriormente publicaram em seus websites em
língua inglesa. Qualquer aspirante sincero pela Verdade Absoluta não terá
nenhuma dificuldade em realizar este fato visto que as escrituras sagradas nos
dão várias informações que nos leva a crer que todas as religiões fidedignas
(monoteístas) deste mundo estão conectadas entre si e provém da mesma fonte,
pois é universal, perfeita e absoluta. Sabemos através das escrituras que os
progenitores e legisladores da humanidade, os Manus (de onde se origina a
palavra “humanos”) falavam o sânscrito e que eles reinavam não apenas em
seu lugar de origem, mas em todo o mundo. Isto acontecia no começo da criação e
povoação da terra e através deles a população terrena se expandiu e as leis da
humanidade foram escritas. Algum tempo depois o mundo se dividiu e formaram-se
os diferentes continentes, cada um com uma particularidade, mas que ainda sim
eram baseados naquela mesma cultura que é chamada de Védica (ou Ariana), a
original cultura de todo o mundo. Embora a situação hoje seja um pouco
diferente devido à infiltração do ateísmo disfarçado nas religiões,
capitalismo, manipulações e propagações de falsas informações visando
interesses políticos e econômicos, ainda sim as escrituras sagradas sejam elas
Abraamicas ou Védicas, ainda guardam parte daquele conhecimento puro antigo e é
seguido por aqueles que desejam o próprio bem estar eterno ao fazer parte da
família de Deus. Toda a humanidade está eternamente endividada com todos os
mensageiros divinos que vieram propagar a mensagem do Senhor e assim aliviar o
peso desta era escura onde a ignorância e a superficialidade, em geral,
prevalece. Oro para que o leitor generoso esqueça qualquer falha que
possa haver no texto e então receba a ilimitada graça do Senhor Deus.
Baladev Brahmachari,
27 de outubro, 2016, Sri Keshavji Gaudiya Math (B.H)
Pré-qualificação
Apenas
aqueles que possuem a mentalidade similar a de uma abelha (devotos
intermediários e avançados- não partidários) são os leitores ideais. Assim como
a abelha extrai néctar de diferentes flores em diferentes lugares, as pessoas
com tal mentalidade podem facilmente extrair a essência espiritual contida em
diferentes ensinamentos, religiões e escrituras sem nenhum sinal de sectarismo.
Embora estes sejam minoria, apenas eles são nossos respeitáveis amigos. Por
outro lado, aqueles de mentalidade similar a do asno (neófitos- de visão
limitada) não são os leitores ideais para o texto a seguir. Qualquer sério
estudante ou praticante de uma vida religiosa espiritual irá facilmente
compreender que o Senhor descende a este mundo ou envia seus representantes em
diferentes épocas para diferentes povos de acordo com a necessidade relacionada
com o nível de consciência de determinado povo. Assim sendo, mesmo que se tenha um
determinado tipo de cultura e crença, a pessoa não sectária nunca criticará as
outras crenças as julgando como sendo inúteis, do contrário, fanatismo e
ofensas a qualquer mensageiro de Deus será um grande impedimento ao seu avanço
religioso - espiritual.
PARTE 1
Uma cultura Universal
Religião -
Yoga
A palavra Religião como também a essência dela tem sido mal
compreendida por muitos. Esta palavra vem do grego ‘religare’ que significa
‘re-ligar ou re-conectar’ duas coisas - o ser com Deus’ e equivale exatamente à
palavra em sânscrito ‘yoga’ que significa ligar ou conectar o verdadeiro ser
(alma) com Deus. Nos Vedas é dito que nesta atual era de ferro (kali yuga) o
processo de yoga autorizado por Deus se chama Bhakti Yoga, praticada através do
canto do Seu Santo Nome com um humor de rendição completa ao Senhor e aos Seus
Devotos puros. Religião e yoga (aquelas que são monoteístas - Adoram O Único
Deus) indica um processo espiritual e de padrões de conduta que ajuda as
pessoas a se conectarem com Deus.
Indus Valley- Harappa-
Berço da Humanidade e da Religião
Ao estudar
as escrituras (Korão, Torah e Bíblia) das três religiões chamadas de Abraãmicas
– Islamismo, Judaísmo e Cristianismo, constatamos que todas elas estão baseadas
nos ensinamentos das escrituras reveladas do Vaishnavismo- os Vedas. Isto não é
nada extraordinário pelo fato de que a cultura Ariana – Védica, ser aceita por
diversas culturas como sendo a mais antiga e respeitada cultura da história da
humanidade. O sânscrito também é aceito como a base e origem de todas as outras
línguas que temos hoje. O próprio termo “Ariano” que significa “Povo de caráter
nobre e de natureza espiritual” e que em sânscrito se fala “Arya” e na antiga
língua Avesta “Airya”, dá nome ao país Iran que é um dos países que receberam o
povo ariano desde muito tempo atrás.
Deus
descendeu a este mundo na forma de Sri Rama há milhares de anos, especialmente
para estabelecer (da) os códigos morais e religiosos (Marya) apropriados para a
humanidade e por isso Ele é conhecido como Maryada Purushottama. O título
“Marya- Maria” também era concedido nos tempos antigos apenas as mulheres que
seguiam o Arya dharma, que eram Arianas (Mariana). Assim, podemos ver assim que
o arya-dharma, os princípios
morais-religiosos estabelecidos para a humanidade era seguido por pessoas de
todos os continentes. É dito que a raça Ariana apareceu primeiramente onde é
hoje o Afeganistão (que antes fazia parte da Grande Índia – Maha Bharata), que
faz divisa com o Iran, e de lá migrou para o norte da Índia enquanto outros
migraram ao leste europeu e outros países árabes. Os Dravidians eram
originários do sul da Índia. Importante dizer que isto se trata do início dos
tempos, pois hoje em dia até mesmo na Índia, os descendentes de arianos se
misturaram com os negros (Dravidians) e também com os tribais (nepalenses,
tibetanos etc. como os Assamesses. Parecido com o que acontece no Brasil). Isto
foi aceito por Bhaktivinod Thakur na introdução do seu “Krishna samhita” e
também por Srila B.V.Swami Maharaj. Desafortunadamente, o Sr. Frawley e Knapp
não reconhecem este fato, talvez por pensarem que este é um assunto delicado
que afeta o lado emocional das pessoas ou por simples ignorância. A palavra
Arya, que é usada em livros Védicos como Rg-veda, Gita, Mahabharata, Ramayana
etc, ex: "âryam apaghnánto árāvṇaḥ"
no Rg-veda, 9.63.5.) aparece em quase todos os
dicionários das línguas dos árabes, hebreus e hindus e possui o mesmo
significado em todas elas. O animal Leão (“Ari” em hebraico e “Hari” em
sânscrito) também é considerado um símbolo de nobreza. O nome de uma das
principais cidades na divisa do Iran com Afeganistão é hoje Herat,
anteriormente era conhecida como Arya e fica às margens do Rio Hari. Aqueles
que estudaram linguística sabem deste fato, há inúmeros livros sobre isto em
inglês.
Antigo mapa mostrando a
localização de Harappa, o berço da civilização Védica

Moeda do século 2 A.C.
encontrada recentemente no Afeganistão mostra claramente Krishna com Sua
chakra-disco.
Antiga moeda
Afegã com o Senhor Shiva- o melhor entre os devotos
Israel
A maioria dos eruditos na linguagem hebraica também
concordam que o nome Israel é composto de duas palavras- "ISHRA" que
em hebreu significa "Controlador" e "ELI" que é um dos
nomes de Deus em hebraico. Significantemente, a palavra em sânscrito
"ISWARA" também é um dos nomes de Deus e tem o mesmo significado do
hebraico- "Controlador". Também é muito sabido através de
historiadores, evidencias escritas e arqueológicas, que Jesus Cristo esteve na
terra dos Arianos - Índia, grande parte de sua vida, como dos 13 aos 30
anos. Foi lá, exatamente em Jagannath Puri que Ele recebeu o título de Kristo.
Srila Gurudev B.V.Narayan Goswami escreveu:
“Jesus também ensinou esta filosofia. Ele
foi à Índia quando tinha aproximadamente 13 anos de idade e visitou muitos
locais de peregrinação como Vrndavana, Ayodhya, Sul da Índia e Jagannätha Puri.
Em Puri, ele viu as deidades de Jagannätha, Baladeva e Subhadrä e ele ouviu o
Senhor Jagannätha (Senhor do Universo) sendo chamado de Krishna. Nesta
região da Índia, o nome Krishna é pronunciado Krusna. Devido às diferentes
línguas, grego e hebraico, este nome se tornou Krusta, depois Krista, e agora
se pronuncia Cristo. Krishna, Krusna, Krista e agora Cristo - Eles são o
mesmo”.
Senhor Jesus Cristo. Também conhecido como Yuz Asaf e Hazrat Isha,
disse em João 14.31: “Para que o mundo saiba que eu amo o Pai e que faço como o
Pai me ordenou.”
A sagrada cidade de
Jagannath Puri, onde Jesus morou por 2 anos aprendendo os Vedas com os
brahmanas locais.
Acima,
estrela de David usada em Israel, abaixo (esquerda) na India
Existem várias evidências concretas que
comprovam este fato como a inscrição de “Yuz Asaf- Jesus Cristo” em um templo
de Shiva na Kashmir onde é dito que Jesus ajudou a construir, sua tumba com o
bastão usado por ele, os escritos relatando sua chegada na Índia ainda
guardados nos templos da região etc. Até mesmo hoje em dia, Jesus é conhecido
em todas as correntes Islâmicas como “Isha Ibn Maryam” que significa “Jesus
filho de Maria” ou também como “Hazrat Isha” que significa “Aquele cuja presença
é Divina”, “Hazrat” é um título em árabe concedido a pessoas honráveis (o mesmo que Maharaj) e “Isha”
indica uma presença divina (Como em “Mathuresh”- O Senhor “Isha” de “Mathura”),
tanto em árabe como também no sânscrito. Srila Sridhar Maharaj também cita que
Musa - em hebraico (Móisés) também derivou da palavra Isa (em ambas as línguas
escreve-se Isa, Musa, e pronuncia-se Isha, Musha). I-sha - Mu-sha). Ambos
terminam com “Sha”. Como a palavra Sabbath, em português “sábado”, inglês
“Saturday”, em sânscrito “Sanivara, ou Sanibar”, ambas começando com a sílaba
“sa”. Os hebreus costumam usar a palavra “Shalom” para se cumprimentarem, que
significa “Que a paz e a harmonia divina esteja convosco”, o mesmo
significado da palavra usada em sânscrito “Shanti Om”. O mesmo acontece com a
palavra Amém, que é similar ao Aum, ambos com o mesmo significado – “Sim, que
assim seja”. Até hoje na região da Pérsia, Irã, Oriente médio etc, usa-se o
título “Maraji” ou “Marja” para um líder religioso-espiritual com conhecimento
teológico das escrituras, exatamente igual o significado do título “Maharaja”
ou “Maharaji” usado com o exato mesmo significado na Índia. Podemos ver que a
base das diferentes línguas que temos hoje provém da mesma fonte (sânscrito -
arya) como dito na Bíblia, Genesis, 11.1: “E era toda a terra de uma mesma
língua e de uma mesma fala”. Mesmo embora elas tenham mudado um pouco
posteriormente, ainda permanecem bastante similares com o atual português como
a palavra “dente”, sânscrito “danta”. A palavra 'Jiu Jitsu- Yu Yutsu'
usada no Japão e hoje popularmente conhecida no Brasil, também vem do sânscrito
(pois as artes marciais foram da Índia até o Japão, China, Tailandia etc), está
presente no B.Gita 1.1. (yu yutsah) e significa 'Determinado a lutar'. Também
aqui conhecemos a estrela pivô dos astros como Estrela Dalva, a mesma é
conhecida em sânscrito como Druva. A constelação das 7 estrelas Ursa é
conhecida como os planetas dos sapta (7) Rsi. Vários historiadores também são
da opinião que o nome de Deus no original Velho testamento, em hebraico Javéh
(YHWH) em aramaico Jah (YAH) e que provém da raiz (YOD) ou (YAHU) é o mesmo que
um dos mais conhecidos nomes de Krishna em sânscrito- Yadav ou Jadav (YAD) que
significa “Krishna - Aquele que apareceu na dinastia de Yadu Maharaj”. Eles também
atribuem o nome “Judá” e sua tribo aos descendentes desta mesma dinastia
de Yadu (Jadu) e os chamam de Indo-Hebrews. O nome Canaã também é dos nomes
(apelido) de Krishna de acordo com os Vedas e em sânscrito escreve-se Kana. São
inúmeras as similaridades, aqui estão sendo dadas apenas algumas mais
essenciais. Os reis da Índia muitas vezes recebem o título de “Kesari”.
Significa Imperador “leão”. “Hari” em sanscrito e “Ari” em hebraico tem o mesmo
significado “leão”. Um bom Rei recebe este título, pois possui a bravura e
excelência de um leão. Então copiando este título Hindú, os Romanos passaram a
chamar seus reis de “Caesaris” como Julius Caesar (portugues - César)
enquanto que depois a Rússia os chamavam de Czares e alemães de Kaiseris-
Kaiser. Assim como Cleópatra, Ceaser- Kesari é um título honroso e não um nome
de alguém específico. Ele também é concedido a um pregador destemido da Verdade
como “Acharya Kesari” na Índia e Leão (kesari) de Judah entre os hebrews e
etíopes. Em sânscrito a palavra “alma” escreve- se “atma”. A natureza da alma é
que ela é uma eterna servente do Senhor e sua natureza é servi-lo com amor e
devoção.
Sri Srimad Bhakti Praghyan Keshav Goswami Maharaj Recebeu o título de “Acharya Keshari”- O Mestre Espiritual que é como o leão que desmantela o elefante na forma do impersonalismo
Antigo achado arqueológico
na Russia- Deidade de Vishnu-avatar Varaha-dev
Similaridades entre o
sânscrito-hindi e o russo
Similaridades de diversas
línguas com a original-sanscrito
Unidade na diversidade
Também encontramos várias evidências da similaridade das escrituras Abraãmicas com aquelas descritas nos Vedas. Sobre isso, Param Gurudev Srila B.P. Keshav Goswami escreve em seu “Mayavada ki jivani”, páginas 150-151: “Muitos eruditos, filósofos e crônicos secretamente pegaram ‘emprestado’ as histórias da Índia antiga e as transformaram adaptando-as de acordo com seus respectivos públicos e culturas. A história da Arca de Noé encontrada no capítulo 6 de Gênesis na Bíblia Cristã é evidência deste fato, espelhando a história de Matsya (Encarnação de Krishna como um grande Peixe) como revelada no Srimad Bhagavat, Canto 8, capítulo 24, com exceção de que na Bíblia o nome do Rei Satyavrata Muni foi substituído por Noah (Noé) e a encarnação do Peixe Gigante (Matsya) com a qual Deus protegeu os tripulantes do barco e os guiou salvando-os do dilúvio como descrito no Bhagavat, foi excluído da Bíblia (Deste primeiro dilúvio) deixando com que a Arca navegasse pelas águas do dilúvio da terra por ela mesmo sem nenhuma ajuda extra. Alguns poderiam forçar e insinuar que isto é mera especulação e que não é possível que estas histórias poderiam ser conhecidas ao mundo ocidental; porém é um fato arqueológico que a cultura grega tinha suficiente acesso à Mãe Índia como a profusa evidência da construção do Pilar de Heliodorus erguido pelo Embaixador grego Heliodorus. Então deve ser sabido e subsequentemente aceito que através da Grécia todos os países ocidentais tiveram acesso a estas histórias e não é nenhum segredo que muitos eruditos, filósofos e autores, incorporaram a antiga e sabedoria da India aos seus livros. Nos tempos clássicos, a fábula grega de Hércules é um excelente exemplo disto e nos tempos modernos o livro “Siddharta” de Herman Hesse, como também os livros de várias organizações exotéricas tais como a Sociedade Teosófica e Rosacruziana com sua escatológica doutrina baseada no Vedanta que é notosamente faltosa ao tentar conceder qualquer definitivo entendimento sobre o Senhor Supremo”.
Heart to paper- poisonous feelings
First the sun now the moon,
to where you both have gone so fast?
when i will see you both again?
when the most fallen and destitute person will again receive your afectionate glance of your sweet bluish eyes?
When your sweet words will bring delight to my heart again?
When that 2 divine persons who are most caring will engage the blind on their service again?
Still, the shameless person may remain living 'happily' on his own ilusions of this pereshible world. May they remove this shame for i wish to be with you both again and soon.
21/04/2017- baladev b.
to where you both have gone so fast?
when i will see you both again?
when the most fallen and destitute person will again receive your afectionate glance of your sweet bluish eyes?
When your sweet words will bring delight to my heart again?
When that 2 divine persons who are most caring will engage the blind on their service again?
Still, the shameless person may remain living 'happily' on his own ilusions of this pereshible world. May they remove this shame for i wish to be with you both again and soon.
21/04/2017- baladev b.
Regras das escrituras- O caminho da serpente- a forma curvada em três pontos- tribhanga deho. Chocolate ou sacrifício?
Um dos pontos mais discutidos da Santa Bíblia e também nos Vedas é a questão das leis ou regras que o praticante deve seguir visando aproximar-se de Deus ao se tornar puro de coração. Alguns dizem que tais regras ou leis são desnecessárias e que apenas a 'fé' nos livrará de todo mal. Outros dizem que as leis-regras são demasiadamente essenciais para o avanço espiritual. Levando as duas opiniões em consideração, vamos ver o que as escrituras dizem sobre este tópico e reconciliar as aparentes contradições nelas contidas.
Primeiramente o próprio Senhor Jesus disse que não veio para destruir a lei, e sim para cumpir-la. Esta bem claro que Jesus não era contrário ás leis de Moisés, então porque às vezes, ele ás criticou? Simplesmente porque ele queria enfatizar a consciência-intenção por trás da ação e não porque queria invalidar as leis-regras como vários cristãos pensam. Para clarear este ponto temos que compreender que toda situação deve ser ajustada de acordo com a atitude interna de cada pessoa e também de acordo com as circunstâncias. Nos Vedas também, como no segundo verso do livro “Upadesamrta”, encontra-se a seguinte declaração: “Seguir as regras com zelo excessivo ou de forma fanatica, é uma ofensa no caminho da devoção a Deus”. Tanto na Bíblia quanto nos Vedas, foi dito que seguir as leis-regras somente por segui-las, de forma fanática, pensando ser melhor que o outro simplesmente por tais hábitos externos, é contrário á lei da fé e da devoção pregada pelos profetas e Deus. Para os judeus, que eram circuncisados e seguiam as leis, Jesus quis mostrar que seguir todas as leis sem o objetivo de progredir na fé e sem aceita-lo (a Jesus) como o filho de Deus, resultaria em um grande pecado para eles. Os judeus também se julgavam superiores simplesmente por seguir estas leis sem considerar o avanço interno na fé de cada um, principalmente aqueles que andavam com o próprio Senhor Jesus. (Na Índia o mesmo ocorre com os orgulhosos brahmanas de casta que se julgam superiores simplesmente por terem nascidos em famílias brahmínicas e terem feitos certos rituais védicos). Sendo assim, Jesus disse: “Deve-se ter cuidado com o que sai da boca e não com o que entra”. Falando isso, ele não queria indicar que ninguém deve seguir as leis referente a alimentação e oferenda apropriada e sim que ela deve ser seguida para a purificação interna e essência da língua, que é o sentido da fala. Se alguém segue as leis-regras de alimentação pura, mas vive criticando outros se sentido superior (fanatismo) simplesmente por este ‘puro’ hábito externo, então tais regras não o ajudará em nada. Apenas o orgulho e as ofensas vão aumentar dentro dela. Por isso Jesus e os apóstolos por vezes disseram: “Esqueçam estas leis”. Óbvio que isto não significa que eles eram contra a lei como Jesus mesmo disse, mas sim contra a maneira com que ela era encarada pelos judeus. A atitude interna é mais importante do que a externa embora a externa também deva ser respeitada. São Thomaz de Aquino também dividiu as regras de acordo com código sociais-morais e espirituais. Esta é a conclusão. Por isso, em Coríntios, Paulo repetidas vezes parece contradizer suas palavras prévias. Com isto ele queria ensinar que a consciência com a qual o ato é praticado é muito mais importante do que o ato em si. Apóstolo Paulo confirma este fato quando diz em Romanos 8.27: “E aquele que examina os corações, sabe qual é a intenção do espírito, e é ele que segundo Deus intercede pelos santos”. A história de Cain e Abel também ilustra este ponto. Claro que muitos usarão tais passagens para justificar sua inabilidade de obedecer as regras-leis de Deus. Outros iriam preponderar estarem muitos puros internamente mesmo tendo várias impurezas internas como luxúria etc, simplesmente para ficarem livres da lei-regras. Porém Deus está presente no coração de todos, não há como engana-Lo.
Agora sobre as circunstãncias, Nos Vedas também há passagens como a história de Viswamitra e Indra que justificam que a lei-regra deve ser seguida de acordo com as circunstãncias. Uma vez, o Sábio Viswamitra estava no deserto com seus discípulos e estavam com muita fome, não tendo nada para comer. De repente avistaram um cachorro e alguns propuseram mata-lo e come-lo. Viswamitra inicialmente não gostou da Idea visto que é inapropriado para um espiritualista comer animais, e após considerar a situação, resolveu matar o cachorro e dividir a carne para que eles não morresem de fome. Quando ia matar o animal, Indra-dev apareceu no local e reprimiu Viswamitra dizendo: “Ó, você não deve matar este animal, um brahmana não deve matar animais nem come-los de forma alguma”. Houve então uma longa discussão e Viswamitra concluiu dizendo que ele não incorreria em pecado algum se, nesta situação inesperada, comesse o animal para não morrer de fome e que este ato não iria contaminar sua consciência, pois a alma é diferente do corpo. No caso da multiplicação dos peixes, Srila Gurudev também disse que em certas ocasiões extremas onde não há outros alimentos, grãos, frutas, vegetais etc, o ato de comer animais não é pecado. Muitos usam isto para comer carne livremente, porém no Brasil este exemplo é inadequado visto que as terras são abundantes e boas para plantio.
Da mesma forma, na Bíblia, quando o anjo disse a Pedro para comer os animais que Deus havia purificado, ele primeiramente disse: “Nunca comi nada impuro”. Isto indica que Pedro mesmo tendo vivido com Jesus três anos, seguia todas as leis. Outra vez, Paulo declarou: “Vocês podem comer toda carne do açougue”. Ele disse isso porque os alimentos ‘puros’ dos judeus eram oferecidos aos ídolos e não á Deus. Da mesma maneira, quando o Senhor Sri Chaitanya Mahaprabhu estava peregrinando no sul da Índia, ele não comia nada que lhe era oferecido pelos adoradores de vários deuses, mesmo se fosse aparentemente ‘puro’- vegetariano. Assim, eles ensinaram que mesmo se o alimento é ‘puro’ mas foi oferecido a qualquer outra entidade-deidade que não seja Deus, deve ser considerado impuro do ponto de vista absoluto-espiritual. Alguns cristãos também são contra o espiritismo, porém se alguém estuda as instruções de Paulo, irá detectar que a todo tempo ele fala da importância da purificação do espírito (alma) ao invés da carne- corpo físico. Abraão também estava pronto para matar o próprio filho ao escutar a voz de Deus pedindo isto. O ensinamento importante aqui é que qualquer coisa ou alimento que foi purificado ou ordenado diretamente pelo Senhor, deve ser considerado puro mesmo que não pareça ser do ponto de vista externo. Qualquer ordem que vem diretamente de Deus deve sobrepor qualquer outra regra. Por isso também Srila B.V.Swami Prabhupad disse em uma carta direcionada a um de seus discipulos: ”Não somos nem Jainistas nem Budistas, cuja propaganda é ir contra a matança de animais. Até mesmo vegetarianos que não tomam o alimento purificado por Deus (krsna-prasad) são tão pecaminosos quanto os não-vegetarianos”. Assim, fica claro que a principal-espiritual regra quanto a isso é que deve-se obedecer as ordens de Deus e ofere-Lo apenas os alimentos permitidos nas escrituras e principalmente oferece-las a Deus com amor e devoção. A conduta ideal é que deve-se comer apenas os alimentos apropriados (permitidos na particular escritura do respectivo praticante) apenas após oferecê-los e então purificados em nome de Deus. Isto é muito importante para aqueles que desejam progredir no caminho do amor a Deus visto que a língua é o primeiro sentido que deve ser controlado para o avanço espiritual, tanto referente ao alimento quanto no sentido da fala (Por comer apenas alimentos purificados por Deus e cantar Seu Santo Nome, o praticante progride rapidamente no caminho de volta ao lar eterno). Por outro lado, os judeus fariseus da época e devotos fanáticos dão importância apenas aos alimentos em si e é aí que esta sua falta. Porém, visto que receber ordens diretamente de Deus ou de Seus profetas é muito raro, a conduta ideal é que o praticante ofereça a Deus (com devoção) apenas os alimentos permitidos nas leis-regras de sua religião particular e nada além disso. A pessoa deve fazer isso com o único objetivo de fortalecer sua fé e amor a Deus e não com qualquer outro propósito, como o de se julgar melhor que os outros simplesmente por seguir tais leis-regras. Não se deve criticar desnecessariamente aqueles que não seguem as leis-regras e sim ter amor e misericórdia por todos. Assim um dia eles também podem se tornar bons espiritualistas-religiosos. Do contrário, certamente incorrerá em pecado, tanto aqueles que não seguem as leis-regras quanto àqueles que as seguem com fanatismo. Esta é a conclusão deste tópico de acordo com os ensinamentos dos profetas-Gurus. Amor implica sacrifício. Fé implica em obedecer as palavras das escrituras.
baladev b.
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